sábado, 15 de abril de 2023

15/52 – MINHA COMIDA

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

15/52 – MINHA COMIDA 


Deixa eu te perguntar uma coisa... Qual a sua comida preferida? Já sabe o que vai comer hoje? Não, não estou me referindo ao alimento físico, quero saber sobre a sua fome espiritual! O que você tem preparado para servir à mesa do Reino? Ou a sua cabeça está só no que vai fazer de almoço e onde vai jantar fora? 


Parece que estamos cruzando as conversas em dimensões diferentes, não é? Assim também estavam os discípulos com Jesus diante do poço de Samaria. Que conversa de doidos, veja:

“Enquanto isso, os discípulos insistiam com ele: ‘Mestre, come alguma coisa’.

Mas ele lhes disse: ‘Tenho algo para comer que vocês não conhecem’.

Então os seus discípulos disseram uns aos outros: ‘Será que alguém lhe trouxe comida?’

Disse Jesus: ‘A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra’.” (João 4:31-34)


A fome de Jesus era pela realização da vontade de Deus! Um bom apetite que eu e você precisamos aprender a aguçar! Os próprios discípulos ainda não estavam acostumados à “linguagem figurativa” de Jesus e não entenderam o que Ele estava querendo dizer. Na verdade, já cheguei a pensar se, de repente, a linguagem de Jesus é que era literal. Deveria ser mesmo o dialeto do Reino dos Céus, por isso Ele associava todas as coisas da Terra com os princípios celestiais. Foi assim também pouco antes na conversa com a mulher samaritana. Lembra quantas “figuras” Ele usou para introduzir o evangelho? “...quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.” (João 4:14) Ah, quanto ainda nos falta exercitar esta comunicação fluentemente no idioma divino para transmitir verdades invisíveis lá do alto reveladas nas coisas visíveis do dia a dia aqui de baixo. São oportunidades que nos oferecem as “iscas” para “pescar” a nossa comida, a perfeita e soberana vontade de Deus. Uma delas é a salvação de almas pela evangelização. 


Estas almas são chamadas figuradamente de “peixes” e também de “frutos”. Ambos “comidas”. Daí a relação com a vontade de Deus. Quando você tem fome por “almas”, como um bom “pescador de homens”, como uma boa “árvore frutífera”, você está demonstrando um apetite saudável e insaciável de agradar a Deus e fazer a Sua vontade.   


Repare ainda na continuação da conversa, agora dos versos 35 a 38:

“Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita. Aquele que colhe já recebe o seu salário e colhe fruto para a vida eterna, de forma que se alegram juntos o que semeia e o que colhe. Assim é verdadeiro o ditado: ‘Um semeia, e outro colhe’.

Eu os enviei para colherem o que vocês não cultivaram. Outros realizaram o trabalho árduo, e vocês vieram a usufruir do trabalho deles.”


Jesus continua jogando com as palavras alegóricas para nos fazer entender que é desta seara que colheremos nossa boa comida, nossos frutos maduros, uma colheita para a vida eterna! 


Abra o olho, meu irmão, minha irmã! Os campos estão prontos para a ceifa, você pode encher os seus celeiros com estes frutos da terra para que eles sejam levados para o céu! Você pode encher as suas redes porque “o mar está pra peixe”! Temos esta nossa comida em abundância, muitas delas nem trabalhamos para usufruir. Mas isto não nos exime de lançar a semente... regar com um cultivo cuidadoso... esperar que Deus dê o crescimento... e no tempo oportuno, colhermos os frutos! 


Bem já dizia o apóstolo Paulo: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fazia crescer (...) O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho. Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus...” (1 Coríntios 3:6-9)


Estejamos, portanto, famintos pela vontade de Deus! Sabendo que para obtermos esta comida, precisamos trabalhar nos campos semeando a Palavra e nos mares da vida jogando as redes ou mesmo lançando o anzol do Evangelho para nos apresentar diante do Pai com nossos cestos cheios de frutos. Certamente isto saciará nosso desejo em atender a boa, agradável e perfeita vontade de Deus ao mesmo tempo que suprirá a carência de alimento espiritual da Terra. 


Compartilhei minha 15ª semana de 2023


Marina M. Kumruian

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