Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”
47/52 – BLACK FRIDAY
Nestas últimas semanas do ano estamos caminhando junto com Jesus em seus últimos dias de vida pelos últimos capítulos dos Evangelhos ao mesmo tempo em que estamos nos aproximando dos dias em que celebraremos os primeiros dias da vida de Jesus relembrando Seu nascimento no Natal. Pode até parecer um contraste estranho meditar na Sua morte bem na época em que se comemora Sua vida. Mas que seja uma estratégia válida para uma comparação importante.
Veja bem: Se equipararmos as cenas da última Ceia que os discípulos tiveram com o Senhor, provavelmente na última quinta-feira da Sua vida, com a nossa última quinta-feira na qual celebramos a tradicional Confraternização do Dia de Ação de Graças, o famoso Thanksgiving Day, poderemos extrair muitas semelhanças. Pois, se há algo que devemos dar graças é a bênção de poder participar do Seu Corpo e do Seu Sangue em memória d’Ele como Ele próprio ensinou na “confraternização de despedida” com a Sua “turma do discipulado”. Eu me lembrei disso esta semana!
E o que dizer então da analogia que podemos fazer com o evento da Black Friday de ontem com a Sexta-feira da Paixão quando houve trevas em pleno meio dia?! Muito provavelmente você já deve ter visto alguma coisa parecida com isto:
1. Foi uma “Black Friday” “100% off”. Jesus pagou por tudo, em nosso favor. E pagou muito caro! (1 Pedro 1.18,19)
2. Consequentemente, todas as ofertas dessa “Black Friday” são de graça para nós. Antes do morrer, Jesus declarou: ”Está consumado” (João 19.30), o que significa: “Tudo pago, tudo quitado”. Não temos de pagar nada pelas ofertas dessa “Black Friday”, porque representam o dom de Deus, que é gratuito para nós (1 Co 2.12).
3. Essa “Black Friday” não se repetirá, mas as suas ofertas são válidas todos os dias, até ao final dos tempos.
4. Essas ofertas estão disponíveis a todos, sem fila, sem “empurra-empurra”, sem confusão. Basta aceitá-las pela fé, sem qualquer pagamento ou impedimento (Ap21.6; 22.17).
(Fonte: https://ipjardimguanabara.org/black-friday-de-jesus/)
E os textos que dão sequência aos nossos estudos aqui narram justamente os acontecimentos das primeiras horas desta negra sexta-feira de Jesus quando “os chefes dos sacerdotes, os oficiais da guarda do templo e os líderes religiosos” vieram prender Jesus! Como eles estavam enganados a respeito do verdadeiro Cristo diante deles! Jesus mesmo parecia inconformado ao perguntar-lhes: "Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estava ensinando no templo, e vocês não levantaram a mão contra mim nem me prenderam! Mas esta é a hora de vocês — quando as trevas reinam.” Na hora exata do dia determinado “para que se cumprissem as Escrituras dos profetas." (Mateus 26:55-56; Marcos 14:48-52; Lucas 22:52-53 e João 18:12-14 e 19-24)
Como se não bastasse, foi aí que também “todos os discípulos o abandonaram e fugiram.” Inacreditável! Os “amigos” da Confra da quinta se transformando nos inimigos do golpe da sexta!
Mas não parou aí, veio “o destacamento de soldados com o seu comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus. Amarraram-no e o levaram primeiramente a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.” Destes já era esperada esta violência que, mais tarde, se intensificaria ainda mais! Aliás, um deles, em defesa do sumo sacerdote, já dá o primeiro tapa no rosto de Jesus com a repreensão mais equivocada do momento: "Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote?" Soldado ignorante! Isso é que jamais seria jeito de tratar o Único e Perfeito Sumo Sacerdote de todos os tempos!
Analisando esta sequência de “mal entendidos”, podemos perceber como é fácil nos deixar levar por propagandas enganosas de “produtos” que parecem ser originais e são falsos, de ofertas que parecem ser verdadeiras e são fraudes! Prestemos atenção nos “chefes dos sacerdotes, nos oficiais da guarda do templo e nos líderes religiosos” dos nossos dias que podem estar denegrindo nosso Jesus ao invés de exaltá-Lo. Tenhamos o devido discernimento com aqueles que deveriam fazer a segurança do Rei Jesus levando liberdade aos cativos ao invés de açoitarem o Evangelho de Cristo! Para isso precisamos engrossar as fileiras do Exército de Discípulos justos e fiéis que não abandonam o barco e nem fogem da prova, mas permanecem firmes e constantes no amor e no temor do Senhor como o missionário iraniano que tive o privilégio de hospedar em minha casa nesta semana e ouvir o seu testemunho de fidelidade à fé em Cristo mesmo preso por 5 anos, inclusive na solitária! Agradeci por isto na quinta, louvei ao Senhor na sexta e hoje, sábado, estou compartilhando.
Compartilhei minha 47ª semana de 2023
Marina M. Kumruian