Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”
49/52 – PEQUEI, E AGORA?
Infelizmente, as últimas reflexões deste ano aqui não têm trazido muitos bons exemplos, embora também possamos tirar muitas boas lições com os erros dos outros como diz uma bela frase eu achei esses dias: “Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca.” Lógico que seria muito mais preferível que nem houvessem acontecido os pecados que mancharam a história de tanta gente que poderia (e deveria) concluir a carreira com “ficha limpa”, mas ainda se levantam controvérsias se isso é possível.
De qualquer maneira, voltando para a sequência negra dos últimos dias de Jesus nas narrativas finais dos Evangelhos, temos que admitir que “tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar” conforme Romanos 15:4. E o contexto de hoje segue por Mateus 26:69-75 e 27:3-10; Marcos 14:66-72; Lucas 22:54-62 e João 18:15-18 + 18:25-27. São os trechos que falam das reações de Pedro, de Judas e dos chefes dos sacerdotes após o confronto com suas falhas. Acompanhe na sua Bíblia, por gentileza.
Se queremos aprender com eles, precisamos reconhecer que, a semelhança destes pecadores, nós também igualmente cometemos nossos erros, independente agora se uns são mais graves que outros, se uns repercutem com piores consequências que outros, o fato é que eles precisam ser tratados e não ignorados. Pedro teve esta chance, outros não!
Algumas coisas que eu aprendo com os erros, meus ou dos outros, são muito simples, mas muito importantes, por isso, sempre que possível, compartilho com algum errante que aparece pelo meu caminho. Desculpe, mas você é um desses que acabou de aparecer, então preste atenção para não perder nenhum passo da sequência. Seguirei junto com você:
1º) ADMITA QUE ERROU! Errar já é mal... não admitir o erro é pior! Os líderes religiosos, pelo menos até esta porção das Escrituras, não esboçaram nenhum reconhecimento. Há quem aposte que eles sabiam que estavam errados, mas o orgulho, a inveja, os preconceitos e outras fortalezas inflexíveis os impediam de confessar para fora o que sabiam por dentro. No entanto, é até capaz também que eles estavam certos que não estavam errados e aí a coisa fica ainda bem mais complicada. Mas tanto Judas quanto Pedro caíram em si e perceberam a “pisada na bola”. Judas ainda confessou verbalmente: "Pequei, pois traí sangue inocente". Essa confissão é um 1º passo libertador, pena que Judas não prosseguiu.
2º) DÊ LUGAR AO ARREPENDIMENTO. Não quero entrar aqui na discussão se Judas apenas sentiu “remorso” e não um verdadeiro “arrependimento”, mas eu diria que não foi este o passo em falso dele. Algumas traduções usam palavras como “arrependido”, “compungido”. O ponto é: ele “sentiu” mal. A tradução King James acentua um “terrível remorso”. E Pedro “chorou amargamente”! Estes são sinais de arrependimento profundo. Suponhamos que os sacerdotes reconheceram o erro, cumpririam o 1º passo! Mas sem o arrependimento não resolve o problema, precisa da indignação por ter pecado, um quebrantamento, a “tristeza segundo Deus” de II Coríntios 7:10 (leia de 8 a 12, é muito esclarecedor).
3º) VOLTE-SE PARA DEUS E PEÇA PERDÃO. Este é o passo que Judas não deu. Ele voltou-se para os “mestres da lei” ao invés de ir para o Mestre da Graça. Quando o filho pródigo caiu em si e se arrependeu, ele declarou ao pai “pequei contra o céu e contra ti”. Podemos (e quando possível até devemos) nos voltar ao próximo que participou do nosso pecado, mas em 1º lugar devemos nos voltar ao céu, ao Pai Celestial, Àquele que pode nos perdoar os pecados e não àqueles que muitas vezes responderão como os religiosos "Que nos importa? A responsabilidade é sua". Judas foi ao sumo sacerdote da terra e não do céu! Frustrado ele voltou-se para si mesmo, ficou só no reconhecimento, na confissão, no arrependimento. Precisava dar um passo em direção ao perdão e não à condenação! Foi quando Pedro voltou seu olhar para Jesus que ele se tocou, reconheceu e se arrependeu. Mas foi quando ele teve um reencontro com o Cristo ressuscitado que foi restaurado, recebendo o perdão e a libertação da culpa!
4º) APRENDA A CORRIGIR SEUS ERROS. Continuando a frase inicial: Errar já é mal... não admitir o erro é pior... não se arrepender é terrível... não receber o perdão é lamentável... mas permanecer no erro é burrice! Ou seja, errou na prova, vai para a recuperação, estude melhor a matéria, reveja onde errou! O Mestre não quer nos reprovar, mas para “passar de ano” precisamos acertar, aprender, superar para não bombar mais! O perdão deve ser aplicado sim, 70 vezes 7, mas a instrução não vale para o pecado, ele não deveria ser repetido nem a 2ª vez, quanto menos 3, 7, 10, 70, 490... Ei, chega!
Compartilhei minha 49ª semana de 2023
Marina M. Kumruian
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