sábado, 30 de dezembro de 2023

52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS


Chegamos à última semana do ano! 


Graças a Deus por vivermos e vencermos cada uma destas 52 semanas com a Palavra! Estou muito satisfeita por terminar esta longa e abençoada jornada com uma história perfeita para esta ocasião. O episódio deste sábado conclui não só o 5º e último volume deste ano de 2023, mas juntamente com os 4 volumes anteriores, finalizo assim a coleção completa da série “Os 4 Evangelhos em 1” somando 260 reflexões da vida de Jesus.


Posso comparar esta caminhada pelos Evangelhos que iniciei oficialmente 6 anos atrás com o que ocorreu no “Caminho de Emaús” descrito em Lucas 24:13-35. No mesmo dia que as mulheres e os dois discípulos foram ao sepulcro, na sequência dos acontecimentos pós ressurreição de Cristo, outros dois discípulos “estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém.” Faz de conta que eu e você somos estes “2 discípulos” caminhando juntos, não 11 Km., mas 12 meses! E se você está comigo aqui deste o princípio, completamos um total de 60 meses! Uau!


Fazendo o que? “No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido.” Sim, aqui conversamos a respeito de tudo o que aconteceu com Jesus nos 4 Evangelhos. E o mais importante disso é que “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles;” Gente do céu! Como isso foi, é e tem sido maravilhoso: caminharmos juntos (eu, você e Jesus), falando d’Ele, por Ele e para Ele, como que seguindo os passos do Mestre, do Verbo, da Palavra pelas páginas das Escrituras! Não sei você, mas em todo este período e por toda esta experiência de estudar a vida de Jesus meus olhos foram sendo abertos cada vez mais! Confesso que, às vezes, tenho a triste impressão que muitos outros olhos que poderiam ser abertos para estes estudos talvez também estejam como os deles: “os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo”, por motivos que só Deus sabe e julgará! 


E mesmo sabendo, Jesus lhes perguntou: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham?” Eles, entristecidos, perguntaram: “Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram nestes dias?” Quem era o mais desinformado aí? Eles, com uma pergunta dessa para o Próprio Protagonista dos acontecimentos? Ou o Próprio que se fez de desentendido e questionou: “Que coisas?” Pois é, para quem considera Jesus apenas “um visitante sem noção” merece repensar melhor no que pensa, por isso Jesus instigou a que eles recapitulassem e reformulassem a resposta que não satisfez. E aí eles descrevem “O QUE ACONTECEU COM JESUS DE NAZARÉ(5), ele ERA(3) um profeta, poderoso em PALAVRAS(2) e em OBRAS(1) diante de Deus e de todo o POVO(4).” Essa descrição inicial me faz recapitular meus 5 volumes: 1º) “O QUE ELE FEZ” (Suas Obras/2018); 2º) “O QUE ELE FALOU” (Suas Palavras/2019); 3º) “O QUE ELE É” (Seus Atributos/2020); 4º) “O QUE ELE DEU” (Seu legado para seu povo/2021); 5º) “O JESUS DOS 4 EVANGELHOS EM 1 (Sua Vida!/2023).


A conversa prossegue com eles contando os últimos acontecimentos, mas não como contei cheia de fé nestas últimas reflexões aqui, eles contaram ali como aqueles que “custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram!” (Foi Jesus que assim os julgou, não eu!) Diante desta cegueira espiritual, eles não estavam enxergando o próprio Cristo ressurreto bem diante do próprio nariz! Assim como para Maria Madalena, Jesus parecia um “jardineiro”, para eles um “visitante”, qual tem sido a sua visão de Jesus? Será que também temos ainda a necessidade que Ele faça conosco novamente o que fez com eles? “E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.” Deve ter sido uma aula e tanto nestes 11 quilômetros de caminhada pedagógica!


Assim espero que tenha sido para você também estes nossos quilômetros rodados pelas páginas dos Evangelhos, sentando à mesa todos os sábados para tomar e comer o pão fresco preparado por Mateus, Marcos, Lucas e João, dando graças e partindo-os em 52 semanas como fatias saborosas que eu dei a cada um que aceitou meu convite durante estes 5 anos de ministração por escrito, servindo estas 260 porções da biografia do meu admirável Jesus Cristo de Nazaré.


Meu desejo, ao finalizar esta coleção de ensinamentos, é ler em suas próprias palavras um testemunho seu parecido com este dos dois discípulos ao concluírem o Caminho para Emaús: “Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram” Disseram entre eles: “Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras? (...) É verdade! O Senhor ressuscitou! Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho...”  


A série pode ter acabado, o ano pode ter encerrado, mas eu e você podemos (e devemos) continuar contando de Jesus a todos!


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Marina M. Kumruian

sábado, 23 de dezembro de 2023

51/52 – EU VI O SENHOR!

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

51/52 – EU VI O SENHOR!


Chegamos às duas últimas semanas mais festivas do ano! Esta do Natal, inclusive, faz um paralelo muito interessante com os acontecimentos de João 20 que iremos abordar hoje. Curioso que as mensagens geralmente pregadas no Natal falam de pessoas que desejavam ver a Jesus: Os pastores (Lc. 2:8-18); Os Magos (Mt. 2:1-11); Herodes (Mt. 2:7-8); Simeão (Lc. 2:25-35), enfim, todos que souberam que o Rei dos judeus havia nascido desejavam vê-Lo! Da mesma forma, todos os que souberam que o Cristo não estava mais no sepulcro, mas havia ressuscitado, também desejavam vê-Lo. 


Terminamos o relato da semana 50 informando que, depois do sepultamento de Jesus, todos foram para casa descansar no sábado. Mas, já sabemos que no domingo bem cedinho as mulheres “tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro”, porém não encontraram a Jesus! Encontraram anjos, como os pastores, só que desta vez contaram que Jesus, o nascido em Belém, agora havia ressuscitado em Jerusalém! Então logo elas foram contar aos discípulos.


E aí que começou o alvoroço: “Pedro e o outro discípulo saíram e foram para o sepulcro. Os dois corriam, mas o outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Ele se curvou e olhou para dentro, viu as faixas de linho ali, mas não entrou. A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parte, separado das faixas de linho. Depois o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu.” (João 20:3-10) Tente imaginar a cena e compreender a visão progressiva que eles tiveram. 


O 1º que viu foi o João, mas só “viu as faixas de linho ali,” porque no primeiro momento ele “não entrou”. Assim é a visão de quem fica por fora e não se aprofunda na busca por Jesus, só vê o que seria a “aparência externa”.


O 2º que viu foi o Pedro, ele entrou mais no interior, ainda que não tenha corrido tão rápido como o “outro discípulo”. Conseguiu ver um pouco mais além das faixas, também viu os detalhes do “lenço”. Muitos igualmente se limitam a ver os detalhes das “coisas” e de como elas estão dispostas no ambiente onde, supostamente, Jesus deveria estar. No entanto, nenhum deles viu a Jesus, porque procuravam em meio aos mortos Aquele que estava vivo!


Vale destacar que depois disso, houve ainda um 3º momento quando João “também entrou.” E apesar de também só ter visto o mesmo cenário de Pedro, há um detalhe importante que eu vi na narrativa que ele próprio vez questão de incluir:  “Ele viu e creu.” Que lindo é quando alguém, mesmo na sua pequena visão de fé, consegue enxergar o impossível e crer mesmo vendo o “nada” de um túmulo “vazio”, porque entende que justamente esta era a visão da promessa cumprida!


Agora, enquanto “os discípulos voltaram para casa admirados com o que acontecera (...) Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro...” (v:11) Vejo nestes detalhes algumas “pistas” para se achar o que se procura. Este “porém”, de Maria ainda ter ficado, demonstra uma persistência inconformada de uma pessoa determinada a encontrar, nem que sejam mais “pistas”. O fato de estar “chorando” me indica um coração “contrito e quebrantado”, como fazendo um sacrifício que agradou a Deus, pois “um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Salmos 51:17) E o fato de “curvar-se” também reforça a postura humilde de quem será exaltada.


Pois de fato, Maria “viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus,(...). Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que você está chorando?" "Levaram embora o meu Senhor", respondeu ela, "e não sei onde o puseram". Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu. Disse ele: "Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando?" Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei". (vs: 12-15) Maria é do tipo que não vê só as “coisas”, ela vê “seres”. No 1º momento viu anjos! Privilégio de poucos é ver, quanto mais ouvir! Até que “viu Jesus”, embora ainda não o reconhecesse, estava chegando perto da visão! Quantos ainda hoje estão tão perto dos olhos, mas ainda longe da visão! Já estão vendo Jesus, ouvindo e falando com Ele, entretanto, tirando conclusões equivocadas da Sua identidade. Até que os ouvidos se abrem e os olhos se iluminam quando Jesus lhe disse: "Maria!” Então, voltando-se para ele, Maria exclamou em aramaico: "Rabôni!" (que significa Mestre). Ela se aproximou dele, abraçou-lhe os pés e o adorou.” (v:16) Jesus viu Maria e Maria viu Jesus! Aleluia! É isso!


Maria Madalena foi a 1ª que viu o Mestre ressurreto e anunciou aos discípulos: "Eu vi o Senhor!" (v:18) Anunciemos isto também!


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Marina M. Kumruian

sábado, 16 de dezembro de 2023

50/52 – O SEPULTAMENTO

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

50/52 – O SEPULTAMENTO


Estamos a 3 semanas do fim deste ano e, curiosamente, o tema de hoje é o sepultamento de Jesus, o qual pensavam ter chagado ao “fim” naqueles 3 dias de túmulo. Esta é a primeira aplicação que desejo trazer para as nossas vidas. Aproveitemos estas 3 semanas para dar fim a tudo o que foi perecível e corruptível nos últimos anos da nossa existência, sim, todos aqueles erros e pecados indesejáveis, reconhecidos e perdoados que citamos na semana passada, que fiquem para trás, que sejam enterrados nas profundezas e não mais nos perturbem com acusações e reincidências! Passou! É passado! Que nestas 3 semanas restantes nos conscientizemos ainda mais que morremos para o pecado, que mortificamos nossa carne, que sepultamos nosso ego depois de o crucificar com Cristo. E que profeticamente aguardemos com grande fé e viva esperança a “ressurreição” de uma nova criatura em um novo ano que surgirá glorioso ao fim destas 3 semanas!


Aliás, ao contrário das semanas passadas, hoje veremos os bons exemplos de pessoas que erraram sim, mas cumpriram o processo dos 4 passos abordados anteriormente e tiveram suas vidas transformadas, corrigidas, restauradas! Será que elas nos representam? Vamos conferir nas passagens de Mateus 27:57-61; Marcos 15:42-47; Lucas 23:50-56 e João 19:31-42.


O abençoado que representa o grupo dos discípulos, antes denegrido pelos errantes Pedro e Judas, agora é bem definido por João, o discípulo amado que permaneceu o tempo todo perto de Jesus, tanto na cruz como agora na sepultura. Ele, bem discretamente, refere-se a si mesmo ao declarar: “Aquele que o viu, disso deu testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que está dizendo a verdade, e dela testemunha para que vocês também creiam.” Sim, João viu Jesus tanto no auge do Seu ministério, quanto ferido na cruz, como também glorificado na glória (Apocalipse 1). Por isso ele podia manter seu bom e verdadeiro testemunho como discípulo fiel até a morte! Que eu assim o represente em meus dias!


Representando os líderes religiosos, temos agora “um homem rico, de Arimatéia, chamado José, membro de destaque do Sinédrio, homem bom e justo, que não tinha consentido na decisão e no procedimento dos outros, que também esperava o Reino de Deus, que se tornara discípulo de Jesus” antes “o era secretamente, porque tinha medo dos judeus,” mas agora transformado “dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Ele estava acompanhado de Nicodemos, aquele que antes tinha visitado Jesus à noite.” Mas agora “Nicodemos levou cerca de trinta e quatro quilos de uma mistura de mirra e aloés.” Ambos tiveram um “antes” e um “depois” de Cristo! Agora eles assumem publicamente o amor e a lealdade ao Messias honrando-O com suas dádivas e suas devoções. Não só oferecendo um lençol e um sepulcro novo, mas uma vida nova! Renovados não apenas para um Ano Novo no recém iniciado Calendário da Era Cristã, o 1º ano d.C., mas por toda suas vidas! Aleluia! Que assim seja representada a nova classe dos mestres da lei de hoje!


E para completar, surge em cena a emblemática Maria Madalena! Uma mulher possessa por demônios no passado em meio ao grupo da multidão que, depois de Cristo, passou a experimentar de maneira maravilhosa o perdão e a libertação do Salvador! Uma mulher que enterrou o seu passado e renasceu uma nova criatura, pura e restaurada! Ela, junto com outras “mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia (...), estavam assentadas ali, em frente do sepulcro e viram onde ele fora colocado. Então, foram para casa e prepararam perfumes e especiarias aromáticas.” Quer na vida, quer na morte, ela não abandonou seu Senhor! Na verdade, ela é capaz de representar os 3 grupos por ter saído do meio da MULTIDÃO (1) para tornar-se uma DISCÍPULA (2) de Jesus, e no próximo capítulo veremos que ela passou a ser uma legítima “LIDER RELIGIOSA” (3) porque foi a 1ª pessoa a ver o Cristo ressurreto e a proclamar a ressurreição de Jesus! Que mudança gloriosa! Esta eu quero representar!


Assim conhecemos os dois lados: Antes, os errantes que não se acertaram e pereceram por não passarem pelo processo de perdão e correção. E agora os errantes que se arrependeram e se corrigiram deixando um exemplo e um legado de transformação de vidas que nos inspiram a fazer o mesmo, a representa-los com fidelidade!


O texto termina assim: “E descansaram no sábado, em obediência ao mandamento.” Hoje é sábado! Vamos seguir também mais este bom exemplo? Aproveite! Bom descanso! E enquanto descansa, obedeça ao mandamento de se transformar pela renovação da sua mente (Romanos 12:1,2). Vai notar que enquanto obedecer estará descansado!


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Marina M. Kumruian

sábado, 9 de dezembro de 2023

49/52 – PEQUEI E AGORA?

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

49/52 – PEQUEI, E AGORA?


Infelizmente, as últimas reflexões deste ano aqui não têm trazido muitos bons exemplos, embora também possamos tirar muitas boas lições com os erros dos outros como diz uma bela frase eu achei esses dias: “Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca.” Lógico que seria muito mais preferível que nem houvessem acontecido os pecados que mancharam a história de tanta gente que poderia (e deveria) concluir a carreira com “ficha limpa”, mas ainda se levantam controvérsias se isso é possível.


De qualquer maneira, voltando para a sequência negra dos últimos dias de Jesus nas narrativas finais dos Evangelhos, temos que admitir que “tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar” conforme Romanos 15:4. E o contexto de hoje segue por Mateus 26:69-75 e 27:3-10; Marcos 14:66-72; Lucas 22:54-62 e João 18:15-18 + 18:25-27. São os trechos que falam das reações de Pedro, de Judas e dos chefes dos sacerdotes após o confronto com suas falhas. Acompanhe na sua Bíblia, por gentileza.


Se queremos aprender com eles, precisamos reconhecer que, a semelhança destes pecadores, nós também igualmente cometemos nossos erros, independente agora se uns são mais graves que outros, se uns repercutem com piores consequências que outros, o fato é que eles precisam ser tratados e não ignorados. Pedro teve esta chance, outros não!


Algumas coisas que eu aprendo com os erros, meus ou dos outros, são muito simples, mas muito importantes, por isso, sempre que possível, compartilho com algum errante que aparece pelo meu caminho. Desculpe, mas você é um desses que acabou de aparecer, então preste atenção para não perder nenhum passo da sequência. Seguirei junto com você:


1º) ADMITA QUE ERROU! Errar já é mal... não admitir o erro é pior! Os líderes religiosos, pelo menos até esta porção das Escrituras, não esboçaram nenhum reconhecimento. Há quem aposte que eles sabiam que estavam errados, mas o orgulho, a inveja, os preconceitos e outras fortalezas inflexíveis os impediam de confessar para fora o que sabiam por dentro. No entanto, é até capaz também que eles estavam certos que não estavam errados e aí a coisa fica ainda bem mais complicada. Mas tanto Judas quanto Pedro caíram em si e perceberam a “pisada na bola”. Judas ainda confessou verbalmente: "Pequei, pois traí sangue inocente". Essa confissão é um 1º passo libertador, pena que Judas não prosseguiu.


2º) DÊ LUGAR AO ARREPENDIMENTO. Não quero entrar aqui na discussão se Judas apenas sentiu “remorso” e não um verdadeiro “arrependimento”, mas eu diria que não foi este o passo em falso dele. Algumas traduções usam palavras como “arrependido”, “compungido”. O ponto é: ele “sentiu” mal. A tradução King James acentua um “terrível remorso”. E Pedro “chorou amargamente”! Estes são sinais de arrependimento profundo. Suponhamos que os sacerdotes reconheceram o erro, cumpririam o 1º passo! Mas sem o arrependimento não resolve o problema, precisa da indignação por ter pecado, um quebrantamento, a “tristeza segundo Deus” de II Coríntios 7:10 (leia de 8 a 12, é muito esclarecedor).


3º) VOLTE-SE PARA DEUS E PEÇA PERDÃO. Este é o passo que Judas não deu. Ele voltou-se para os “mestres da lei” ao invés de ir para o Mestre da Graça. Quando o filho pródigo caiu em si e se arrependeu, ele declarou ao pai “pequei contra o céu e contra ti”. Podemos (e quando possível até devemos) nos voltar ao próximo que participou do nosso pecado, mas em 1º lugar devemos nos voltar ao céu, ao Pai Celestial, Àquele que pode nos perdoar os pecados e não àqueles que muitas vezes responderão como os religiosos "Que nos importa? A responsabilidade é sua". Judas foi ao sumo sacerdote da terra e não do céu! Frustrado ele voltou-se para si mesmo, ficou só no reconhecimento, na confissão, no arrependimento. Precisava dar um passo em direção ao perdão e não à condenação! Foi quando Pedro voltou seu olhar para Jesus que ele se tocou, reconheceu e se arrependeu. Mas foi quando ele teve um reencontro com o Cristo ressuscitado que foi restaurado, recebendo o perdão e a libertação da culpa!


4º) APRENDA A CORRIGIR SEUS ERROS. Continuando a frase inicial: Errar já é mal... não admitir o erro é pior... não se arrepender é terrível... não receber o perdão é lamentável... mas permanecer no erro é burrice! Ou seja, errou na prova, vai para a recuperação, estude melhor a matéria, reveja onde errou! O Mestre não quer nos reprovar, mas para “passar de ano” precisamos acertar, aprender, superar para não bombar mais! O perdão deve ser aplicado sim, 70 vezes 7, mas a instrução não vale para o pecado, ele não deveria ser repetido nem a 2ª vez, quanto menos 3, 7, 10, 70, 490... Ei, chega!


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Marina M. Kumruian

sábado, 2 de dezembro de 2023

48/52 – BLASFÊMIA!

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

48/52 – BLASFÊMIA!


O estudo da semana passada mexeu muito comigo. Gostaria de ter desenvolvido mais do que o Senhor colocou no meu coração em relação à “propaganda enganosa”. Se há algo que tenho pavor é de ser enganada. E o quadro desta semana não está diferente da passada, por isso fico feliz em poder destrinchar um pouco mais este assunto dando continuidade de onde paramos nas referências de Mateus 26:57-68; Marcos 14:53-65 e Lucas 22:63-71.


Prenderam Jesus e o levaram a Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa estavam reunidos novamente “os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos”. Deste 1º grupo, os religiosos, era de se esperar um julgamento justo e verdadeiro como o Deus que professavam crer e seguir, como a Lei e os Profetas que tanto eles estudavam a respeito do Messias. Deduz-se que ninguém melhor que eles para dar o veredito confiável sobre a autentica identidade do Cristo. Mas que pena, justo eles não reconheceram o Ungido de Deus e o trataram como um impostor. Isto sim foi BLASFÊMIA! 


Em seguida, diz-se que “Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote, entrou e sentou-se com os guardas esquentando-se junto ao fogo, para ver o que aconteceria.” Pedro representa outra vez o 2º grupo, dos discípulos, dos quais muito mais ainda se esperava uma defesa incontestável da procedência de Jesus, uma vez que o seguiram de tão perto por 3 anos. Mas, infelizmente, estes também o abandonam, o traem, o negam e se afastam. Uma BLASFÊMIA!


Eles então procuram depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. “Mas nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas, mas as declarações delas não eram coerentes.” Este 3º grupo representa a multidão, o povo que tanto também viu e ouviu de Jesus tudo o que comprovaria a legitimidade do Cristo. Mas, lamentavelmente, também movidos pela pressão, não temeram usar de BLASFÊMIA!


Traduzindo em outras palavras, blasfêmia é toda “palavra, expressão ou afirmação que insulta ou ofende o que é considerado digno de respeito ou reverência.” É exatamente isso que estava acontecendo neste cenário e em tantos outros do nosso dia a dia. Lastimavelmente homens justos são indevidamente condenados como injustos. Atitudes impróprias são vergonhosamente consideradas apropriadas. Coisas profanas estão sendo inconvenientemente tidas como santas. E vice-versa! Eu mesma, confesso, quantas vezes fiz mau juízo de pessoas que julguei só pelas aparências e me enganei. E quantas coisas devo ter aprovado na minha ignorância que por falta de discernimento deveria ter rejeitado.


Volto a propor como o amigo Eliú: “Tratemos de discernir juntos o que é certo e de aprender o que é bom.” (Jó 34:4). Oremos como o rei Salomão: “Dá, pois, ao teu servo um coração cheio de discernimento para governar o teu povo e capaz de distinguir entre o bem e o mal.” (1 Reis 3:9) E busquemos ser a geração de sacerdotes “que ensinarão ao meu povo a diferença entre o santo e o comum e lhe mostrarão como fazer distinção entre o puro e o impuro.” (Ezequiel 44:23)


Entretanto, o sumo sacerdote aqui da nossa história não tinha esta capacidade, e como Jesus guardava silêncio diante das acusações, ele explodiu dizendo: "Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito, diga-nos". 

Depois deste ultimato veja o triste e confuso desfecho que transformou uma dúvida desajustada em uma certeza desacertada:

"Sou, tu mesmo o disseste", respondeu Jesus. "Se eu vos disser, não crereis em mim e, se eu vos perguntar, não me respondereis. Mas eu digo a todos vós: chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". Perguntaram-lhe todos: "Então, você é o Filho de Deus?" "Vós estais dizendo que eu sou", respondeu ele. Foi quando o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes e disse: "Blasfemou! Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês acabaram de ouvir a blasfêmia. Que acham?" Eles responderam: "É réu de morte!"


BLASFÊMIA! O maior engano da História! O julgamento mais equivocado do Planeta! A sentença mais injusta da Humanidade! Sabemos que era necessário que este escândalo acontecesse, mas ai daqueles por meio dos quais ele aconteceu!


Que Deus nos livre e guarde destes enganos e destes enganadores! Que nunca sejamos nós estas “falsas testemunhas”! Que nossas convicções estejam certas e bem firmadas no verdadeiro discernimento divino, pois só Deus conhece os corações e as intenções mais ocultas! Que saibamos claramente quem Ele é, quem somos nós e quem são os que nos rodeiam.


Compartilhei minha 48ª semana de 2023


Marina M. Kumruian

sábado, 25 de novembro de 2023

47/52 – BLACK FRIDAY

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

47/52 – BLACK FRIDAY


Nestas últimas semanas do ano estamos caminhando junto com Jesus em seus últimos dias de vida pelos últimos capítulos dos Evangelhos ao mesmo tempo em que estamos nos aproximando dos dias em que celebraremos os primeiros dias da vida de Jesus relembrando Seu nascimento no Natal. Pode até parecer um contraste estranho meditar na Sua morte bem na época em que se comemora Sua vida. Mas que seja uma estratégia válida para uma comparação importante.


Veja bem: Se equipararmos as cenas da última Ceia que os discípulos tiveram com o Senhor, provavelmente na última quinta-feira da Sua vida, com a nossa última quinta-feira na qual celebramos a tradicional Confraternização do Dia de Ação de Graças, o famoso Thanksgiving Day, poderemos extrair muitas semelhanças. Pois, se há algo que devemos dar graças é a bênção de poder participar do Seu Corpo e do Seu Sangue em memória d’Ele como Ele próprio ensinou na “confraternização de despedida” com a Sua “turma do discipulado”. Eu me lembrei disso esta semana!


E o que dizer então da analogia que podemos fazer com o evento da Black Friday de ontem com a Sexta-feira da Paixão quando houve trevas em pleno meio dia?! Muito provavelmente você já deve ter visto alguma coisa parecida com isto:

1. Foi uma “Black Friday” “100% off”. Jesus pagou por tudo, em nosso favor. E pagou muito caro! (1 Pedro 1.18,19) 

2. Consequentemente, todas as ofertas dessa “Black Friday” são de graça para nós. Antes do morrer, Jesus declarou: ”Está consumado” (João 19.30), o que significa: “Tudo pago, tudo quitado”. Não temos de pagar nada pelas ofertas dessa “Black Friday”, porque representam o dom de Deus, que é gratuito para nós (1 Co 2.12).

3. Essa “Black Friday” não se repetirá, mas as suas ofertas são válidas todos os dias, até ao final dos tempos. 

4. Essas ofertas estão disponíveis a todos, sem fila, sem “empurra-empurra”, sem confusão. Basta aceitá-las pela fé, sem qualquer pagamento ou impedimento (Ap21.6; 22.17). 

(Fonte: https://ipjardimguanabara.org/black-friday-de-jesus/)


E os textos que dão sequência aos nossos estudos aqui narram justamente os acontecimentos das primeiras horas desta negra sexta-feira de Jesus quando “os chefes dos sacerdotes, os oficiais da guarda do templo e os líderes religiosos” vieram prender Jesus! Como eles estavam enganados a respeito do verdadeiro Cristo diante deles! Jesus mesmo parecia inconformado ao perguntar-lhes: "Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estava ensinando no templo, e vocês não levantaram a mão contra mim nem me prenderam! Mas esta é a hora de vocês — quando as trevas reinam.” Na hora exata do dia determinado “para que se cumprissem as Escrituras dos profetas." (Mateus 26:55-56; Marcos 14:48-52; Lucas 22:52-53 e João 18:12-14 e 19-24)


Como se não bastasse, foi aí que também “todos os discípulos o abandonaram e fugiram.” Inacreditável! Os “amigos” da Confra da quinta se transformando nos inimigos do golpe da sexta!


Mas não parou aí, veio “o destacamento de soldados com o seu comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus. Amarraram-no e o levaram primeiramente a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.” Destes já era esperada esta violência que, mais tarde, se intensificaria ainda mais! Aliás, um deles, em defesa do sumo sacerdote, já dá o primeiro tapa no rosto de Jesus com a repreensão mais equivocada do momento: "Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote?" Soldado ignorante! Isso é que jamais seria jeito de tratar o Único e Perfeito Sumo Sacerdote de todos os tempos!


Analisando esta sequência de “mal entendidos”, podemos perceber como é fácil nos deixar levar por propagandas enganosas de “produtos” que parecem ser originais e são falsos, de ofertas que parecem ser verdadeiras e são fraudes! Prestemos atenção nos “chefes dos sacerdotes, nos oficiais da guarda do templo e nos líderes religiosos” dos nossos dias que podem estar denegrindo nosso Jesus ao invés de exaltá-Lo. Tenhamos o devido discernimento com aqueles que deveriam fazer a segurança do Rei Jesus levando liberdade aos cativos ao invés de açoitarem o Evangelho de Cristo! Para isso precisamos engrossar as fileiras do Exército de Discípulos justos e fiéis que não abandonam o barco e nem fogem da prova, mas permanecem firmes e constantes no amor e no temor do Senhor como o missionário iraniano que tive o privilégio de hospedar em minha casa nesta semana e ouvir o seu testemunho de fidelidade à fé em Cristo mesmo preso por 5 anos, inclusive na solitária! Agradeci por isto na quinta, louvei ao Senhor na sexta e hoje, sábado, estou compartilhando.


Compartilhei minha 47ª semana de 2023


Marina M. Kumruian

sábado, 18 de novembro de 2023

46/52 – ÚLTIMOS AVISOS

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

46/52 – ÚLTIMOS AVISOS


Na semana passada entramos já no clima de “Boas Festas” e, de fato, agora já estamos salvando as datas das nossas famosas Confraternizações de final de ano. Por isso hoje vamos também continuar extraindo mais algumas lições do último jantar de Jesus com seus discípulos no final do seu ministério na terra, dando continuidade aos textos de Mateus 26:31-35, Marcos 14:27-31, Lucas 22:31-38 e João 13:31-38. Acompanhe na sua Bíblia o que aconteceu.


Ao final de 3 anos juntos em uma extraordinária “turnê” de sermões, milagres e maravilhas, não era de se esperar uma grandiosa Festa de Ação de Graças cheia de louvor e adoração ao Mestre Jesus Cristo? Pois não foi bem assim! Jesus dá um show de exemplo ao sentar à mesa com aquele que ia traí-lo, com o outro que iria negá-lo, com um que não iria crer na Sua ressurreição, com dois deles que estavam mais interessados nos lugares de honra em Seu Reino... e ainda assim, Jesus os serviu e por fim os aconselhou. Em suas últimas palavras de despedida Ele carinhosamente os instruiu assim:

"Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco. Vocês procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo: Para onde eu vou, vocês não podem ir.

Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.

Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".

Então Jesus lhes disse: "Ainda esta noite todos vocês me abandonarão. Pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersas’. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia".


O que difere o “novo” mandamento do “antigo” é o parâmetro. Agora já não é mais “como a TI mesmo”, mas como “EU os amei”. Já não sou mais “eu” a referência para amar, mas o próprio “Cristo”! Porque Ele amou enquanto esteve aqui, Ele ainda nos ama enquanto está lá (onde ainda não podemos ir) e Ele nos amará enquanto durar a eternidade conosco! Isto revela não só um amor em todo tempo e em todo lugar, mas um amor em quaisquer circunstancias! Até mesmo diante de um Pedro que O negou por 3 vezes e depois por 3 vezes lhe professou um amor que não era como o d’Ele! Mas Jesus mesmo assim ouviu suas 3 afirmações falsas, respondeu a cada uma delas e ainda orou por ele, confira:

1ª) "Senhor, para onde vais? Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei!” Mas abandonou!

2ª) "Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por ti!" Mas traiu!

3ª) "Estou pronto para ir contigo para a prisão. Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei". Mas negou!


Calmamente Jesus lhe responde assim: "Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos".

Então Jesus lhes perguntou: "Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa?" "Nada", responderam eles. Ele lhes disse: "Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma.”


Temos agora 3 afirmações verdadeiras de Jesus representadas por este kit de 3 elementos que resumem Sua advertência:

1ª) A BOLSA representa a promessa de PROVISÃO para quem quer AMAR os outros como Jesus que por nós MORREU. 

2ª) As SANDÁLIAS revelam o andar no PROPÓSITO para quem se CONVERTER e nascer de novo como Jesus RESSUCITOU. 

3ª) E a ESPADA simboliza a garantia de PROTEÇÃO para quem aprendeu a  FORTALECER os irmãos até Jesus VOLTAR. 


E assim como a oração de Jesus teve resposta na vida de Pedro, assim também terá na nossa, pois:

1º) O Pedro que dormiu no jardim, depois fortaleceu os seus irmãos. É o que tenho tentado fazer com estes estudos!

2º) O Pedro que abandonou Jesus no caminho, de fato morreu por amor a Jesus. Acredito que eu também morreria!

3º) O Pedro que negou Jesus no pátio, acabou se convertendo a Jesus. Eu também já me converti e penso que jamais abandonarei ou negarei a Jesus!


Que esses exemplos sempre nos venham à memoria, especialmente quando também estivermos sentados à mesa em comunhão com nossas famílias, amigos e irmãos para que também sejamos conhecidos e reconhecidos como discípulos do Mestre amando uns aos outros como Ele nos amou e nos proveu deste amor para cumprirmos este propósito sob a Sua proteção. 


Compartilhei minha 46ª semana de 2023


Marina M. Kumruian

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