08/52 – OS ESCOLHIDOS

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

8/52 – OS ESCOLHIDOS

Na semana passada começamos a pensar sobre o chamado de seguir a Jesus no discipulado verdadeiro... mas não conseguimos terminar! Deixei algumas perguntas para que cada um buscasse suas respostas, lembram? “O que é? Como é? Quem é? Seguir para onde? Quando e por quanto? Por que? Para que?” Espero que elas tenham instigado nossos pensamentos a buscarem as respostas confrontando nosso conforto vocacional e a se despertar para a nossa missão!

E falando em despertar, como você passou esse feriadão? Tive o privilégio de passar na casa do Pai em SP no Congresso DESPERTA e tirar muito proveito da Palavra, da Adoração, da Comunhão e das Orações com a Igreja reunida nestes 5 dias!

É muito bom estar na “multidão dos que creram, um só era o sentimento e a maneira de pensar” (Atos 4:32) Assim era no tempo da Igreja Primitiva, assim era no tempo em que Jesus atraía as multidões que O seguiam por muitas e variadas razões que Ele muito bem sabia, porque conhecia o coração de cada um de seus seguidores, tanto da multidão dispersa, quanto dos 120 discípulos fiéis reunidos no Dia de Pentecostes; tanto dos 70 que foram enviados em Lucas 10, quanto dos 12 mais conhecidos e listados no texto base de hoje; tanto dos 3 mais chegados, quanto do meu e do seu coração! Tanto dos 3 candidatos analisados no sábado passado com suas motivações peculiares, quanto dos candidatos de hoje!

Ao longo dos seus 3 anos de ministério, as fileiras de seguidores de Jesus ia crescendo cada vez mais! E como diz a Palavra, muitos foram chamados, mas poucos escolhidos! Uns escolhem seguir, mas calculando os custos e respondendo honestamente àquelas 7 questões já levantadas, desistem, olham para trás e se desviam do Caminho. Por isso Jesus foi muito criterioso ao chamar “a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele.” Acompanhe o texto na sua Bíblia em Marcos 3:13-19 e Lucas 6:12-16. Jesus não escolheu aleatoriamente os seus doze discípulos, Ele primeiro “subiu a um monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, [é que] chamou... Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a PREGAR e lhes desse autoridade para EXPULSAR demônios.” E então segue a lista dos nomes. Em todas as vezes Pedro é sempre o primeiro e Judas Iscariotes o último.

Na 39ª semana de 2018 já comentei sobre esta sequência de sermos “chamados, escolhidos e enviados” com base em outro texto (Lucas 9:1,2). Neste agora, entretanto, é acrescentado mais dois outros verbos: “designados e dotados”. Vejam como os textos se complementam para conseguirmos completar as nossas respostas! Já tenho ainda outros textos para semana que vem dentro deste mesmo assunto para expandirmos nosso entendimento sobre este desafiador chamado de seguir a Jesus! Ainda que muitos chamem por Jesus e escolham segui-Lo, só Ele pode confirmar este chamado, ratificar esta escolha e determinar o desígnio específico que Ele tem para nossa vida traçando um plano perfeito, com um propósito particular, que nos faça experimentar a Sua boa, agradável e perfeita vontade! Quando isto nos é revelado, segue o próximo passo: Ele abençoa o nosso envio nos dando todos os recursos necessários para cumprirmos nossa missão debaixo da Sua autoridade e poder, como que possuindo uma procuração em Seu nome para realizarmos as mesmas obras que Ele fez e outras ainda maiores! Aí sim nos sentiremos realizados, porque seremos seres realizados!

E quais seriam estas principais realizações? Este texto fala em PREGAR o Evangelho e EXPULSAR os demônios! Ou seja, basicamente, levar a LUZ nas TREVAS, apresentar a DEUS e destronar o DIABO, pregar as BOAS NOVAS no presente para desfazer as obras MÁS e VELHAS do passado... Mateus em outra passagem amplia ainda mais estas obras que Jesus nos chamou, escolheu, designou e deu autoridade para realizar: “Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios.” (10:7,8) Agora arrasou! DESPERTA povo de Deus! Precisamos sair do conforto da inércia e confrontar as trevas com estas ações revolucionárias que, primeiramente, já revolucionaram nossas próprias vidas quando nos pregaram a mensagem do Reino e fomos curados e libertos ao nascermos de novo santos e purificados de toda injustiça do pecado!

Por fim, quero chamar a atenção para mais um detalhe importantíssimo do texto: “os quais vieram para junto dele (...) para que estivessem com ele...”  Não como a multidão que O apertava, mas como os poucos que O tocavam! Não como muitos que O viam e ouviam, mas como os poucos que amavam e obedeciam Suas Palavras! Junto dEle! Com Ele! E só também entendendo que é “Dele, Por Ele e para Ele” que realizamos todas as estas coisas, é que a Glória será para ELE! 

Compartilhei minha 8ª semana de 2023

Marina M. Kumruian

07/52 – SIGA-ME

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

7/52 – SIGA-ME

O texto que hoje vamos examinar está em Mateus 8:19 a 22 e em Lucas 9:57 a 62. Recomendo que você faça a leitura cuidadosa destes versículos para uma melhor compreensão do que iremos tratar. Digo isto porque acabei de perceber um fato desafiador: todos os temas que não foram analisados nas outras séries apresentadas desde 2018, sinto em ter que confessar, muito provavelmente é por se tratar de assuntos mais profundos (para não dizer complicados!) que fui deixando para trás, e que agora repassando, resolvi “corajosamente” compartilhá-los. Misericórdia! Admito a necessidade de clamar por total dependência da “divina revelação em cada mistério”, pois tenho muito cuidado e temor para não falar de mim mesma, mas segundo meu Mestre Jesus Cristo. 

Aproveito para compartilhar aqui um modelo de oração feita pelo Apóstolo Paulo que expressa este desejo, e se também for o seu, sugiro que dedique alguns segundos agora mesmo para leva-la ao Pai como sendo suas próprias palavras: “Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, [me] dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do [meu] coração sejam iluminados, a fim de que [eu] conheça a esperança para a qual ele [me] chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para [comigo], que creio, conforme a atuação da sua poderosa força.” (Efésios 1:17-19) Amém! Assim seja!

Digo mais, esta “sabedoria, revelação, conhecimento, iluminação...” que necessitamos para compreender toda Escritura, quer seja nos temas fáceis ou difíceis, também é muito necessária justamente para responder devidamente ao “SIGA-ME” do chamado de Jesus para cada um de nós! É disto que trata este trecho em referência.

Hoje em dia está muito comum esta proposta de seguidores. As redes sociais, por razões das mais variadas, incentivam você a convidar outros a te seguirem e convidam você a seguir outros. No entanto, na maioria dos casos, os seguidores estão indo atrás de celebridades, personalidades famosas, perfis atraentes e convenientes, geralmente compatíveis com suas próprias aspirações. Por outro lado, isto é feito tão espontânea e voluntariamente como é desfeito. Segue-se e deixa-se de seguir sem comprometimento algum, sem “aviso prévio”, sem qualquer responsabilidade com cláusulas de fidelidade, de prioridade, que dirá de exclusividade!

Não é assim, porém, ao escolher seguir a Jesus! Esta decisão exige pensar muito bem nas condições do seguidor, do Ser a ser seguido e, inclusive, do caminho que o seguidor seguirá o Ser a ser seguido! O título na minha Bíblia (NVI) dado a este trecho é “Quão difícil é seguir Jesus!” Já na BEP é “Acerca dos que seguem a Jesus” (em Lucas) e “Como devemos seguir a Jesus” (em Mateus). Sintetizando, o texto vai responder as grandes questões do verdadeiro discipulado: “O que é?” O “Como é?” E o “Quem é?” Outras questões são mais indiretas, mas não menos importantes: “Seguir para onde?” ou “Quando e por quanto?” e, claro: o “Por que?” e o “Para que?” Será que temos mesmo a “sabedoria, revelação, conhecimento, iluminação” devidos para responder cada uma delas? E ainda que tivéssemos as respostas teóricas, teríamos principalmente as correspondências práticas com as devidas disposições como vistas em Mateus 4:19,22?

É... o pedido de oração pode ter sido feito em segundos... mas o tempo da obtenção das respostas podem durar uma vida inteira, desde o primeiro passo no “siga-me” até o último no “chegamos”! Mas sempre com a certeza de que, mesmo em um passo de cada vez, negando-se a si mesmo e tomando a sua cruz, estaremos seguindo o (e no) Caminho, a (e na) Verdade e a (e na) Vida do Inerrante, Infalível, Invicto, Insuperável, Imensurável Deus! Ou seja, é seguro!

Repare que os 3 candidatos (um mestre, um discípulo e um “outro”), independentemente do nível diferenciado de consciência, demonstraram desqualificações para discipulado. O que apresentou um entusiasmo emocional precipitado desconsiderou o custo de abandonar a segurança material de “não ter onde reclinar a cabeça”! Os outros não entenderam (ou não concordaram com) a primazia na lealdade a Jesus acima de todos os outros relacionamentos e seguimentos, incluindo o desejo de “PRIMEIRO voltar e me despedir da minha família” sepultando os próprios mortos!

Primazia! Este é o 1º requisito de quem quer ser apto a seguir PRIMEIRO a Jesus buscando em 1º lugar o Reino de Deus! 

Compartilhei minha 7ª semana de 2023

P.S. = NOTA DE ESCLARECIMENTO

Como já expliquei  anteriormente aos meus "seguidores" (rsrs), eu delimitei o tamanho dos meus estudos semanais ao espaço de uma página do Word onde eles são escritos. Isto para não me empolgar e escrever um livro sobre cada tema. 

Entretanto, como identifiquei que os temas deste ano exigem mais aprofundamento, meditei mais pausada e detalhadamente neste trecho do Evangelho, o que acabou resultando em muito conteúdo para compartilhar. 

Honestamente, quando comecei a escrever, estava com a pretensão (sem noção)  de que caberiam todas as 7 respostas aos 7 questionamentos apresentados... Porém, quando me dei conta que a margem inferior da página já estava próxima, percebi que eu nem ainda havia começado a responder!

Mas antes que o meu desapontamento me frustrasse, tive a "revelação" que o Espírito Santo é quem deve "revelar" a cada um o gabarito das questões de acordo com as respostas diferenciadas e peculiares de cada "candidato"!

Portanto, o meu papel aqui não é dar as respostas prontas (que isto não te desanime a continuar "me seguindo") porque não sou eu quem as tenho! Mas minha função deve ser incentivar cada um a buscar as suas próprias respostas reveladas por meio da “sabedoria, revelação e   iluminação” recebidas da parte do Pai a fim de conferir as respostas no seu relacionamento íntimo e particular com o Mestre!

Esclarecido? 

Então, bora pensar e buscar sair do conforto para o confronto.

Marina M. Kumruian

06/52 – A 2ª milha

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

6/52 – A 2ª milha

Na série de 2019 analisamos cuidadosamente o Sermão da Montanha por umas dez semanas dentro daquela proposta de aprender o que Jesus ensinou. Mas, passando agora o nosso “pente fino” pelo capítulo 5 de Mateus, não resisti em destacar um dos mais desafiadores trechos deste precioso sermão! 

Vale a pena tirar alguns minutinhos neste sábado e reler pausadamente cada um dos seus 48 versículos absorvendo cada gota de ensinamento que o Mestre Jesus está destilando para dentro dos nossos corações como uma chuva fresca reabastecendo nossos tanques vazios e secos de amor genuíno, de amor divino, que é o tipo de amor aditivado capaz de conseguir caminhar não só uma milha, mas duas, três, ou mais, quantas forem preciso! Aliás, todos os 3 capítulos que registram este discurso brilhante de Jesus estão encharcados de amor para umedecer e refrigerar os nossos corações endurecidos por um tipo de amor engessado em si mesmo, paralisado na 1ª milha!

Acredito ser importante ressaltar novamente estes textos nesta era onde o amor de muitos está se esfriando como previsto nas profecias do fim dos tempos. Eu mesma frequentemente fico me policiando para não me acomodar no mínimo esforço possível no avanço desta jornada desafiadora de amar intencionalmente, sacrificialmente e mais, incondicionalmente! Jesus aqui veio trazer um upgrade da Lei de Moisés para a Lei do Espírito da Vida com as expressões “Ouviste que foi dito... Eu porém vos digo...”. Então, se já era difícil amar de verdade nos padrões do Antigo Testamento, quanto mais agora nos altos níveis da Nova Aliança. Vejamos então os “poréns” que Jesus nos diz agora, por exemplo:

“Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado.” (Mateus 5:39-42)

Certa vez, muitos anos atrás, estas palavras me impactaram tanto que escrevi uma oração em forma de 24 provérbios que expressavam meu desejo de passar do nível normal de amor (retratado nas primeiras linhas de cada frase) para um patamar mais alto chamado Ágape, o amor sobrenatural (retratado nas segundas linhas de cada frase). Acho oportuno compartilhar aqui alguns destes versos e identificar se estamos posicionados na 1ª categoria de amor ou na 2ª:

1ª) Amar passivamente o próximo é fundamental, 2ª) Porém amar ativamente é o principal.

1ª) Se dar bem com as pessoas é ser boa gente, 2ª) Porém se dar para as pessoas é ser excelente!

1ª) Desejar o melhor para todos é importante, 2ª) Porém proporcionar o melhor para eles é se fazer importante!

1ª) Receber educadamente as pessoas é ser cordial, 2ª) Porém ir ao encontro delas é ser sobrenatural!

1ª) Repartir ou compartilhar algo material com alguém é uma gentileza, 2ª) Porém dar toda sua porção é uma nobreza.

1ª) Emprestar o que estão nos pedindo é deixar de ser egoísta, 2ª) Porém dar a mais do que se necessita é ser altruísta.

1ª) Orar por alguém que está enfermo é recomendável, 2ª) Porém visitar o doente é mais louvável.

1ª) Enxugar as lágrimas do aflito é ter compaixão, 2ª) Porém chorar com ele a sua dor é ser cristão.

1ª) Não pensar mal das pessoas é ter a mente pura, 2ª) Porém falar bem delas é ter coração limpo e palavra que cura.

1ª) Estar ao lado das pessoas é gozar de fraternidade, 2ª) Porém colocá-las acima de nós é provar humildade. 

1ª) Transmitir eloquentemente palavras amorosas é romantismo, 2ª) Porém comunicar sinceramente gestos de amor é cristianismo.

Que estes “poréns” sejam nossos alvos na expressão sincera do nosso mais puro e verdadeiro amor uns para com os outros, sabendo que muito melhor do que receber é dar, muito maior que se vingar é perdoar, muito mais nobre que odiar é amar, muito mais do que andar só a 1ª milha nas veredas terrenas do amor humano é ter a capacitação espiritual de ultrapassar a 2ª milha no caminho celestial do amor divino!

Assim estaremos cumprindo de fato toda a Lei dos nossos antepassados da maneira mais atualizada por meio da Graça oferecida na presente era como um dom mais superior que todos os outros, em um caminho sobremodo excelente descrito no 13º capítulo da 1ª carta de Paulo aos Coríntios. Mais uma boa leitura indicada para este sábado!

Compartilhei minha 6ª semana de 2023

Marina M. Kumruian

05/52 – PROFETA DE CASA

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

5/52 – PROFETA DE CASA

Passando nosso “pente fino” pelos próximos capítulos de onde paramos, constatamos que muitos dos temas deste intervalo já foram abordados nas outras séries. Passamos então da fase inicial, do pré-natal do menino Jesus lá no início dos Evangelhos, e agora já entramos na fase adulta de Jesus, nos primeiros períodos do seu ministério na Galiléia! Vamos dar um salto lá para Lucas 4, quando “Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a sua fama. Ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam.” (v:14,15). E como seria bom imaginar que Ele teria sido assim super bem aceito e elogiado, afinal “Todos falavam bem dele, e estavam admirados com as palavras de graça que saíam de seus lábios. Mas...” (v:22) Ah... lá vem  novamente os “mas”... os “poréns”!! 

“Mas perguntavam: ‘Não é este o filho de José?’” Como Jesus era Galileu, Nazareno, todos ali conheciam sua mãe, seu pais, seus irmãos... Não fazia sentido para eles o filho do carpinteiro ter todo aquele conhecimento, todo aquele poder! Jesus percebe essas suspeitas e desabafa: “É claro que vocês me citarão este provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo!’ Faze aqui em tua terra o que ouvimos que fizeste em Cafarnaum’. Continuou ele: ‘Digo-lhes a verdade: Nenhum profeta é aceito em sua terra’.” (v:23,24) João confirma isto também quando declara que “nem os seus irmãos criam nele.” (João 7:3-5) Triste, né? Mas é a pura realidade ainda nos nossos dias! Sabe aquela “cultura” de só valorizar o que é importado? Ou tipo aquele famoso ditado: “Santo de casa não faz milagre”! Faz sim! Tem honra sim!

 

A experiência vivida por Jesus comprova o quanto isso é desfavorável para uma família que não considera as “pratas da casa” como seu tesouro mais precioso, para uma igreja que menospreza os dons e talentos do seu próprio rebanho caçando virtudes de outros apriscos, para uma empresa que contrata estrangeiros ao invés de promover os funcionários mais experientes, e até para a nação que leva à falência suas próprias indústrias por conta da importação super valorizada e da exportação mega tarifada! Perdemos o bem doméstico, desencorajamos os potenciais internos, ameaçamos as riquezas nacionais por puro preconceito, na verdade, por um conceito impuro, pretencioso, equivocado!

Jesus cita ainda outros exemplos para elucidar melhor esta tragédia: “Asseguro-lhes que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu foi fechado por três anos e meio, e houve uma grande fome em toda a terra. Contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, senão a uma viúva de Sarepta, na região de Sidom. Também havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, o profeta; todavia, nenhum deles foi purificado: somente Naamã, o sírio.” (v:25-27) 

Pensa se uma pobre viúva de Israel concordaria em dar seu último bocado para Elias arriscando morrer de fome ela e seu filho? Pensando assim, as viúvas, os pobres e necessitados de Israel ficaram sem a provisão do milagre divino que poderiam receber do seu profeta conterrâneo. Verdade que Naamã também titubeou na crença do processo de cura de Eliseu, mas depois obedeceu e recebeu a bênção que os leprosos nativos de Israel talvez deixaram passar!

Jesus citou estes exemplos longínquos do Antigo Testamento, no entanto, Ele mesmo presenciou a fé no Centurião de Cafarnaum “que nem mesmo em Israel achou tamanha fé.” (Mateus 8:10) Esta seria uma convincente explicação de porquê Jesus não fez aqui na terra dele “o que ouvimos que fizeste em Cafarnaum". (v:23) Lembram o que aconteceu em outra ocasião quando Ele visitou sua cidade? “Jesus lhes disse: ‘Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra’. E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los. E ficou admirado com a incredulidade deles. Então Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando.” (Marcos 6:4-6) Já explorei bastante estas ocorrências em outras séries, mas ainda esta questão persiste!

Que a começar em mim, na minha casa, eu dê honra ao profeta que dorme ao meu lado, eu considere a autenticidade do meu descendente missionário que come à mesa comigo, assim como eles devem valorizar a professorinha poética do lar que eles abraçam dentro de casa! Deus nos escolheu intencionalmente e estrategicamente nos posicionou em tempos e espaços juntos com pessoas que tem exatamente o que precisamos, e precisam justamente do que nós temos! 

O que se “importa” com as riquezas internas do seu mais próximo, não precisa exportar o que não importa! 

Valorize o que é seu! 

Compartilhei minha 5ª semana de 2023

Marina M. Kumruian