sábado, 29 de julho de 2023

30/52 – MAL SABIA ELE!

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

30/52 – MAL SABIA ELE!


Temos visto, ao longo destas semanas acompanhando o ministério de Jesus por entre judeus e gentios, diferentes ações e reações que identificam a fé e a sabedoria dos crentes em contraste com a incredulidade e imprudência dos incrédulos!


Hoje vamos analisar uma declaração cheia de fé e sabedoria porém, vinda de um incrédulo ignorante. Como pode? O caso se deu na sequência da ressurreição de Lázaro. Não bastava ainda antes o quanto também já haviam discutido a cura do cego de nascença, agora não sabiam mais o que fazer: “Então os chefes dos sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio. 'O que estamos fazendo?', perguntaram eles. 'Aí está esse homem realizando muitos sinais miraculosos. Se o deixarmos, todos crerão nele...'” Além de não crerem, não queriam deixar que os outros cressem! Não obstante, tudo o que Jesus ensinou (como jamais ninguém falou como ele, lembram?) e todos os sinais que fez (como ninguém jamais realizou!) eram justamente para levar todos a crerem n’Ele pela fé, mas com entendimento espiritual!


“Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote, tomou a palavra e disse: ‘Nada sabeis! Não percebeis que vos é melhor que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação’. Ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num só povo.” (João 11:47-52)


O que me chamou a atenção foi o sumo sacerdote declarar que os outros não sabiam de nada, sendo ele mesmo o maior ignorante dentre todos por não acreditar na identidade e no propósito de Jesus como sendo o Cristo. Como é feio quando alguém se manifesta com arrogante jactância sem noção do seu engano! Deus me livre disso! Ele achava que ninguém estava percebendo o que estava para acontecer, sendo ele próprio o mais desapercebido do Plano Divino. No entanto, ainda assim, ele é usado, mesmo inconscientemente, para profetizar uma grande verdade que nem sequer compreendia o sentido real, pois não disse aquilo de si mesmo. Como no caso de Pedro: “isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus.” (Mateus 16:17) Então, na verdade, mal sabia ele que era ele que não sabia nada, nem mesmo o que soube profetizar sem saber! Muito louco isso, não é?


Esses dias mesmo estávamos em uma roda de conversas tentando entender algumas coisas do Reino que pensávamos saber serem de um jeito enquanto sabíamos que outros pensavam de outro jeito. Os de cá bem poderiam se ensoberbecer no “saber” das coisas que se achavam sabidos, enquanto os de lá também poderiam se orgulhar na humildade de apenas crer pela fé sem saber se sabiam de fato o real sentido das coisas. Contudo, não foi esta nossa atitude (pelo menos é o que creio), pelo contrário, chegamos à conclusão que, sim, devemos humildemente fazer a nossa parte de buscar conhecer e prosseguir em conhecer para não perecer por falta de conhecimento (conforme Oséias 4:6 e 6:3), mas, por outro lado, também compreender que a revelação da verdade sobre as coisas espirituais do Reino de Deus não vem de nós mesmos, é dada pelo nosso Pai que está nos céus por meio da unção do Espírito Santo que nos ensina todas as coisas (conforme I João 2:20 e 27). Cada um fazendo a sua parte chegaremos na plenitude da sabedoria!


Desta maneira, vamos refletir sobre nossas posturas como sacerdotes do Reino. Que não sejamos como Caifás fazendo afirmações soberbas em detrimento das crenças dos outros sobre questões que desconhecemos, pressupondo que nosso status na esfera religiosa nos garante a detenção exclusiva da voz da verdade. Ao invés disso, mantenhamos a simplicidade nas nossas declarações de fé, confiantes que estamos debaixo da unção reveladora do Espírito Santo e totalmente dependentes da sabedoria que vem do alto para profetizarmos sob o efeito da Sua graça capacitadora operando em nós!


Aliás, conforme bem esclareceu o apóstolo João no final do texto em referência, o propósito da morte de Jesus era “para reuni-los num só povo.” Sendo assim, estas facções religiosas nada contribuem para a união deste "um só povo", de uma só fé, em um só Salvador, por uma só verdade. Portanto, se você sabe um pouquinho mais que eu, não diga que eu não sei de nada, me perdoe e compartilhe o que você sabe para me agregar sabedoria e aumentar a minha fé. De igual maneira, assim o farei contigo e juntos estaremos crescendo na graça e também no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo à medida que Ele vai nos dando o entendimento da Sua vontade.

 

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Marina M. Kumruian

sábado, 22 de julho de 2023

29/52 – MAIS TOLERÂNCIA... MENOS RIGOR

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

29/52 – MAIS TOLERÂNCIA... MENOS RIGOR


Já comentei aqui que este ano estou passando um pente fino nos 4 evangelhos novamente para cobrir as passagens que não tinham sido ainda abordadas nos anos anteriores. Quando me deparei com o trecho de hoje sem a “semana” correspondente, eu me surpreendi, porque honestamente este assunto já me parecia muito familiar. Foi quando eu puxei a concordância bíblica e conferi que ele aparece também em Mateus 10 (um capítulo antes) e que foi apresentado na 17ª semana agora de 2023, porém em outro contexto (junto com Marcos 6:10-11 e Lucas 9:4-5). Observei ainda na concordância que a palavra rigor aparece 3 vezes em Mateus e 3 vezes em Lucas, o que me fez lembrar que quando o Senhor repete por 3 vezes uma mesma coisa é porque a coisa é demasiadamente importante e interessante!


Eu, particularmente, sempre achei importante considerar esta questão e sempre me interessei por aprender a equilibrar estes dois pratos da balança divina: tolerância, bondade, misericórdia, graça, amor... equiparados ao rigor, severidade, justiça, disciplina, juízo... Aliás, escrevi 52 semanas sobre Romanos 11:22 atendendo ao apelo do Apóstolo Paulo de “Considerar a bondade e a severidade de Deus!” Então me sinto bem familiarizada com este tema que sempre me traz novos aprendizados, e hoje não será diferente. Preparados? Então, sem parcialidades e sem medidas injustas de quem espera misericórdia só para si mesmo e exige justiça para os outros, analisemos o texto que começa bem assim:


“Então Jesus começou a denunciar as cidades em que havia sido realizada a maioria dos seus milagres, porque não se arrependeram.” Notemos que Jesus começou com bondade realizando muitos milagres por muitas cidades, contudo, estas em referência, ainda assim não creram e não se arrependeram como era o esperado pela graça oferecida. Obviamente, o severo juízo de Deus entra em vigor e denuncia com rigor o tratamento justo para cada um, neste caso, ele prossegue:


“Eu lhes digo: Naquele dia haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade. Ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os milagres que foram realizados entre vocês o fossem em Tiro e Sidom, há muito tempo elas se teriam arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas. Mas no juízo haverá menor rigor para Tiro e Sidom do que para vocês. E você, Cafarnaum: será elevada até o céu? Não; você descerá até ao Hades! Se os milagres que em você foram realizados tivessem sido realizados em Sodoma, ela teria permanecido até hoje. Mas eu lhes afirmo que no dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma do que para você.”


Sodoma, Tiro e Sidom são cidades do Antigo Testamento que foram sentenciadas a severos juízos da parte de Deus por não se arrependerem dos seus pecados, diferente da cidade de Nínive, quem sabe ainda muito mais cruel e maligna, no entanto achou graça e misericórdia diante do mesmo Deus por terem se humilhado após a pregação de Jonas. Estes exemplos revelam que o Deus do Antigo Testamento era tanto um “fogo consumidor” que incendiou as cidades impenitentes, quanto um Deus misericordioso que ofereceu a salvação pela graça aos quebrantados e contritos ninivitas!


Entretanto, agora, estudando as Boas Novas do Novo Testamento, percebemos que estas três pequenas cidades, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, ao norte de Israel, na região da Galiléia, conhecidas como o "triângulo evangélico", tamanha a intensidade do ministério de Jesus nesses locais, estão sendo profeticamente julgadas com muito maior rigor pelo mesmo Deus que no passado usou de maior tolerância em comparação com o caso neotestamentário. 


Desta maneira, consideramos que a graça de Deus abunda, mesmo onde superabunda o pecado, desde que haja verdadeiro arrependimento. De igual proporção, a ira divina superabunda, mesmo na época da abundante graça, desde que não haja “um sentimento de rejeição sincera, por parte do pecador, ao seu comportamento pregresso, e que resulta na intenção de um retorno contrito à lei moral” (definição do dicionário para a palavra “arrependimento” no sentido religioso).


Concluo ainda com Romanos, reconhecido como o Evangelho de Paulo, em sua declaração no 2º capítulo, intitulado “O Justo Juízo de Deus”: “Ou, porventura, desprezas a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência, não percebendo que é a própria misericórdia de Deus que te conduz ao arrependimento?” (v:4) Para entender melhor do outro ponto de vista da balança, em caso contrário, eu parafrasearia assim: “Ou, porventura, desprezas a imensa riqueza da justiça, rigor e severidade, não percebendo que é o próprio juízo de Deus que te conduz a condenação?” A escolha é sua!


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Marina M. Kumruian

sábado, 15 de julho de 2023

28/52 – CEGUEIRA ESPIRITUAL

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

28/52 – CEGUEIRA ESPIRITUAL 


Quando eu terminei de escrever a reflexão da semana passada, só de curiosidade fui espiar qual seria o tema da próxima... e qual foi a minha surpresa perceber num relance que teria ainda muitas outras coisas relacionadas com a mesma temática que eu havia acabado de escrever! Não resisti ao mover do Espírito que estava me desvendando as maravilhas da Palavra e permaneci escrevendo na mesma unção, dando continuidade a esta 28ª semana que chegou antecipada no meu coração no mesmo dia da semana passada, mas ficou guardada para ser compartilhada hoje com você!


Recapitulando para quem teve um intervalo de 7 dias entre o que para mim foi de apenas uns 7 minutos: comentamos no sábado passado a bela declaração dos guardas referindo-se a Jesus: “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala.” (João 7:46) Em contrapartida, reprovamos a equivocada pretensão dos líderes religiosos em considerar só eles os entendidos nas Escrituras, de modo a concluírem ser um engano acreditar que Jesus era o Cristo, Ungido de Deus, o Messias prometido! Enxergavam o “homem”, mas não viam o Cristo! A propósito, hoje, 15 de julho é Dia do Homem! Proponho então analisarmos no texto de João 9 as 4 categorias de homens envolvidos. Interessante é que na 15ª semana de 2020, da série “JESUS É”, apresentei Jesus como “O Homem” e na série “JESUS FEZ” de 2018, também explorei bem esta questão da cegueira espiritual nas várias curas de cegos que Jesus realizou (29ª; 32ª e 33ª semanas), sendo assim discorrerei sobre outros aspectos complementares desta mesma passagem já citada antes:


1º) Logo de cara, os homens que faziam parte do discipulado de Jesus questionaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” (v:2) É a categoria de homens que estão sempre procurando um culpado ou sempre julgando um pecado como a razão de todos os males. Aqui Jesus claramente contradiz estas atitudes com a seguinte explicação: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele.” (v:3) E se manifestou novamente por meio do que JESUS FEZ: “Ninguém jamais ouviu que os olhos de um cego de nascença tivessem sido abertos. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma.” (v:32,33) Novamente reaparece o “Ninguém jamais”! Ninguém jamais FEZ como este “homem”, porque este “homem É Deus”! A resposta que ELE FALOU nenhum “homem” falaria! Ele FEZ e FALOU porque só Ele É capaz de DAR o que ninguém tem!


2º) “Pela segunda vez, chamaram o homem que fora cego e lhe disseram: ‘Para a glória de Deus, diga a verdade. Sabemos que esse homem é pecador’.” (v: 24) Esta 2ª categoria de “homens” fazia parte dos “discípulos de Moisés” (v:28) e vejam só o absurdo: eles não perguntaram, eles afirmaram que “esse homem”, Jesus, era pecador, e faziam isso “para a glória de Deus”! Presumo que sejam os mesmos do sábado passado que subestimaram a “ralé” do povo, pois o estilo de resposta destes tem a mesma arrogância daqueles: “Você nasceu cheio de pecado; como tem a ousadia de nos ensinar?” E o expulsaram. (v:34) Já não bastava considerar Jesus pecador, também acusaram o cego de nascer “cheio de pecado”! Eles, sim, eram os mais cegos porque viam o invisível pecado de Jesus, viam o cisco no olho do cego, mas não enxergavam a trave nos seus próprios olhos ao duvidarem: “Acaso nós também somos cegos?” Disse Jesus: “Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece.” (v:40,41 = 15:22,24)


3º) O homem que era cego respondeu: “Não sei se ele é pecador ou não. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.” (v:25)

Embora o cego tenha sido curado fisicamente, ele representa a 3ª categoria de homens que só enxerga no natural. Só querem as “bênçãos”, mas nada sabem do Abençoador! Ignoram as diferenças do santo e do profano, pouco importa como, quem, quando... só sabem o que lhes interessa. Reconhecia que Jesus pudesse até ser um “homem que teme a Deus e pratica a sua vontade.” (v:31) Mas isso ainda não era suficiente, ainda estava parcialmente cego na sua curta visão.


4º) Agora que “vimos” mais uma vez quem JESUS É, que FEZ, FALOU e DEU esta perfeita visão, sejamos como este “Filho do Homem” que “ouviu que o haviam expulsado, e, ao encontrá-lo, disse: ‘Você crê no Filho do homem?’ Perguntou o homem: ‘Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?’ Disse Jesus: ‘Você já o tem visto. É aquele que está falando com você’. Então o homem disse: ‘Senhor, eu creio’. E o adorou.” (v:35-38) Yes! Jesus É o Cabeça desta Nova Raça de “homens” que não só tem a visão perfeita, mas FAZ com que outros a tenham, não só FALANDO dela, mas DANDO este dom a todos os que creem “a fim de que os cegos vejam e os que veem se tornem cegos.” (v:39)


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Marina M. Kumruian

sábado, 8 de julho de 2023

27/52 – NINGUÉM JAMAIS FALOU COMO ELE

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

27/52 – NINGUÉM JAMAIS FALOU COMO ELE


O texto que vamos analisar hoje está ainda no finalzinho do capítulo 7 de João. O mesmo contexto se desenrola por todos os demais capítulos de todos os Evangelhos: Jesus sendo perseguido para ser condenado e morto. Paralelamente aos que criam n’Ele, sempre existiu o grupo dos incrédulos rejeitando Suas palavras e desacreditando dos Seus sinais! E, por mais incrível que pareça, os mais céticos eram justamente os mais religiosos: fariseus, mestres da lei, sacerdotes e demais autoridades religiosas e políticas. Como já muito debatemos aqui em semanas, meses e até em anos anteriores, o “muito saber”, o conhecimento inchado nas mentes cauterizadas destes defensores da Torá ocupava todo o espaço impossibilitando a entrada e a compreensão das “palavras de vida eterna” que só Jesus tinha para oferecer. 


No entanto, os guardas que foram enviados para prender Jesus, muito provavelmente, bem menos instruídos nas Escrituras e bem mais destituídos de informações messiânicas, tiveram a capacidade de discernir, bem mais e melhor, a qualidade do sermão do Mestre com a perfeita declaração: “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala”. (v:46) E voltaram sem o “preso esperado” porque foram cativados inesperadamente por um discurso vivo e verdadeiro como jamais ouviram antes! Louvo a Deus por também já ter chegado a esta mesma conclusão!


Isto me fez lembrar os títulos das minhas séries anteriores. Na 1ª abordei as principais obras de Jesus e só podia chegar a mesma conclusão: Ninguém jamais fez as obras que ele fez! O próprio Jesus declarou isto em João 15:24. Suas testemunhas oculares declaravam isto (por exemplo: Mt. 9:33 – Jo. 9:32). Multidões ainda hoje declaram isto junto comigo e creio que você também já tenha chegado à mesma conclusão! Aliás, ainda hoje Ele continua fazendo obras extraordinárias e maravilhosas que ninguém jamais fez, faz ou fará igual!


Na 2ª série abordei os Seus ensinos comprovando mesmo, em cem por cento, que “ninguém jamais falou como Ele”! E olha que, ao longo da História, não faltaram mestres, filósofos, pregadores, oradores, sábios e mentores que falaram muita coisa boa... mas jamais como Ele, nunca melhor que Ele. E da mesma forma Ele continua falando até hoje, porque as Suas palavras jamais passarão! E eu continuo encantada, admirada, extasiada por Suas Palavras!


E sabe o porquê ninguém jamais fez ou falou como Ele? Porque ninguém É como Ele! A minha 3ª série apresentou 52 atributos de Jesus, um por semana durante um ano, o que não revelou nem sequer um “quantum*” do Seu Ser! (*Na física um quantum é a menor quantidade de qualquer grandeza física envolvida numa interação). Ele É grande demais!


Na 4ª série apresentei algumas das virtudes que Ele deixou de herança para nós como Seu legado. E mais uma vez afirmo sem medo de errar: Ninguém tem para dar maiores e melhores riquezas como Ele nos deu (Efésios 1:18). Não basta saber, não basta crer, precisamos tomar posse! Podemos e devemos agora, igualmente, fazer como Ele fez, falar como Ele falou, ser como Ele foi porque temos o que Ele tinha: o mesmo ESPÍRITO SANTO de DEUS que JESUS nos deu!


Sim, o Espírito que não possuíam os fariseus e sacerdotes que mandaram prender Jesus! O espírito que os movia era outro, de inveja, de ignorância, de incredulidade, de rebelião, não sei... qualquer outro, menos o Espírito Santo! Haja vista a resposta que eles deram aos guardas: “Será que vocês também foram enganados?”, perguntaram os fariseus. “Por acaso alguém das autoridades ou dos fariseus creu nele? Não! Mas essa ralé que nada entende da lei é maldita.” (vs: 47-49) Mal sabiam eles que os “enganados” eram eles mesmos! A “ralé que nada entende da lei” é que estava sendo verdadeiramente abençoada crendo no que Ele falava, no que Ele fazia, em quem Ele era, consequentemente, recebendo o que Ele tinha para oferecer! 


Que o Senhor nos livre deste ledo engano de confiar tão cegamente na nossa engessada tradição religiosa, mesmo baseada em interpretações das Escrituras, mas, muitas vezes, igualmente destituídas de discernimento e sabedoria do alto e que estão nos impedindo de compreender a genuína e incomparável Palavra de Deus! Não é porque ninguém “das autoridades ou dos fariseus (da atualidade) creu nele” que eu também não deva crer! A voz do Espírito Santo é a que deve falar mais alto dentro de nós porque “quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente...” (leia o trecho todo de 1 Coríntios 2:8-16)


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Marina M. Kumruian

sábado, 1 de julho de 2023

26/52 – 3 PERGUNTAS BÁSICAS:

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

26/52 – 3 PERGUNTAS BÁSICAS:

DE ONDE EU VIM? QUEM EU SOU? PARA ONDE EU VOU?


Que sábado excepcional hoje! O 1º dia do 7º mês, que é um mês de férias, de descanso, o mês sabático (sétimo), desta vez coincidiu de cair bem em um sábado mesmo! Fez-me lembrar de Levíticos 23:23: “No dia primeiro do sétimo mês vocês terão um dia de descanso, uma reunião sagrada...” Então vamos lá descansar neste sábado sagrado para o Senhor! Além disso, estamos exatamente na metade do ano, nesta 26ª semana (26+26=52)! Merece uma reflexão especial!


Até que achei nosso tema de hoje pra lá de extraordinário. Embora sejam 3 perguntas básicas, elas renderam (e ainda rendem e renderão) muitas discussões filosóficas e profundas! Então vamos pensar: “de onde eu vim? quem eu sou? para onde eu vou?” Por estes dias comemoramos alguns aniversários na família e estas ocasiões são bastante oportunas para se refletir sobre nossas origens, nossos propósitos e nossos destinos. Afinal, ninguém nasceu “do nada”, vive “do nada” e morre “do nada”. Eu, pelo menos, não penso assim! E penso pensar como Jesus, o maior Pensador da História!


Então busquei uma passagem da história de Jesus onde fica bem claro que Ele sabia muito bem as respostas para estas importantes e fundamentais questões da vida. Acompanhe o contexto em João 7:25-36 quando Ele estava sendo novamente perseguido por uma multidão dividida e confusa em relação às mesmas indagações: muitos dentre a multidão creram nele e diziam: “Quando o Cristo vier, fará mais sinais miraculosos do que este homem fez?” Temos a resposta e categoricamente enfatizamos que sim, Ele é o Cristo! Contudo outros diziam: “Não é este o homem que estão procurando matar? Aqui está ele, falando publicamente, e não lhe dizem uma palavra. Será que as autoridades chegaram à conclusão de que ele é realmente o Cristo? Mas nós sabemos de onde é este homem; quando o Cristo vier, ninguém saberá de onde ele é (...) Aonde pretende ir este homem, que não o possamos encontrar? Para onde vive o nosso povo, espalhado entre os gregos, a fim de ensiná-lo?” E então: Ele é “O Cristo” ou um homem qualquer?


Eles pensavam saber quem Ele era, de onde viera e o que estava fazendo! Entretanto, eles julgavam na dimensão física e natural. Jesus não veio apenas da cidade de Belém, veio de muito além, de um local fora do delimitado Mapa Geográfico que eles bem conheciam. E quanto ao Seu propósito de vida? Jesus não só “falava publicamente” para “ensina-los”, Ele veio para pregar, proclamar e instituir o Reino dos Céus na Terra. Ele tinha este propósito bem definido! Eles procuravam mata-Lo, “tentaram prendê-Lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque a sua hora ainda não havia chegado.” Prova que ninguém morre antes da “hora”, antes de cumprir a missão delegada! E Jesus ainda não tinha completado a Sua incumbência. Sua tarefa ainda estava sendo executada e Seus planos ainda estavam em andamento. 


Ainda que os “outros” não sabiam de fato a realidade dos fatos, Ele bem sabia e enigmaticamente se revelou enquanto ensinava no pátio do templo, Jesus exclamou: “Sim, vocês me conhecem e sabem de onde sou. Eu não estou aqui por mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro. Vocês não o conhecem, mas eu o conheço porque venho da parte dele, e ele me enviou (...) Estou com vocês apenas por pouco tempo e logo irei para aquele que me enviou. Vocês procurarão por mim, mas não me encontrarão; onde eu estou, vocês não podem vir.” Como é admirável esta convicção existencial de Jesus. Sabia de onde viera! Sabia para que viera! Sabia quem o enviou e para quem voltaria! Sabia que Seu tempo na Terra era passageiro! Sabia que “logo” iria para o Seu destino eterno, porque sabia que era Eterno!


Se para mim ou se para você, estas 3 perguntas básicas ainda confundem nossa mente dificultando nossa clareza nas respostas, consideremos a necessidade de buscarmos ser ainda mais parecidos com Jesus, crendo e confessando que também não estamos aqui por nós mesmos e para satisfazer nossas próprias e impróprias vontades e propósitos. Não! Absolutamente não! Que o Espírito Santo nos dê o discernimento necessário e a convicção pela fé de que somos muito mais que criaturas do nosso Deus Criador, somos filhos e filhas procedentes do Pai Celestial, nascidos de novo do Espírito como filhos de Deus em Cristo com o propósito de manifestar a Sua glória, cumprir Sua vontade perfeita e soberana em adoração e obediência, por amor e em temor, cheios de expectativas pela viva esperança da nossa gloriosa redenção a se aproximar bem perto do fim, do nosso final feliz para onde iremos definitiva e eternamente viver o verdadeiro sentido do porquê nascemos, como vivemos e para que morremos! Chegando este dia e entrando neste lugar, eu garanto com toda a certeza que as 3 respostas básicas estarão mais claras e evidentes como nunca antes! Não perdemos por esperar!


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Marina M. Kumruian

52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1” 52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS Chegamos à última semana do ano!  Graças a Deus por vivermos e vencermos cada uma ...