sábado, 26 de agosto de 2023

34/2023 – “NÃO É ASSIM ENTRE NÓS”

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

34/2023 – “NÃO É ASSIM ENTRE NÓS”


Esta é uma das muitas frases bíblicas que adicionei ao meu vocabulário e a uso com bastante frequência quando certos comportamentos não se mostram adequados “entre nós”! Foi Jesus quem a usou em um diálogo com seus discípulos em, pelo menos, duas ocasiões. Em Mateus 20:20-28 e Marcos 10:35-45 ela aparece quando Tiago e João, juntamente com sua mãe, fazem um pedido ousado para Jesus: “Permite que, em teu reino, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.” Isto é narrado aqui, um capítulo antes da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém, mas em Lucas 22:24-30 (3 capítulos depois), por ocasião da Ceia do Senhor, ele conta que “Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior. Jesus lhes disse: 'Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve’.” 


De fato, na primeira ocasião realmente surgiu esta mesma discussão porque a pretensão de Tiago e João indignou os demais, possivelmente porque também desejavam para si estas mesmas posições de prestígio e poder! Jesus então chamou a todos e explicou a diferença entre estes dois reinos dizendo: “Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Mas, não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Um ensino não só teórico, mas demonstrado na prática pelo exemplo do próprio Mestre!


Outra frase de Jesus que caberia muito bem aqui para exortar os discípulos é aquela em Mateus 6: “os gentios é que correm atrás dessas coisas” (v:32) O pecado não está nas “coisas”, no assentar-se em tronos no Reino, mas, sim, no correr atrás disso! O verso 33 nos ordena buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e então nos garante que “todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” Aliás, logo em seguida Jesus promete: “E eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel.” Então o assentar-se em tronos já estava nos planos de Deus para eles, porém não deveriam correr atrás disso com ambição pervertida, com motivação orgulhosa que desagrada a Deus!


Muitas vezes pecamos não em fazer as coisas erradas, mas em fazer as certas do modo errado e com a motivação errada! Há um sermão do Pr. Luciano Subirá que ele ensina muito bem sobre isso levando-nos a avaliar não só “o que” fazemos, mas o “como” e o “porque” fazemos, pois Deus conhece as intenções dos nossos corações! Ele não vai exaltar aqueles que estão soberbos buscando a glória para si mesmos. Estes Ele precisa humilhar para depois exaltar!


Sabe, há uma linha muito tênue entre o reconhecimento e posicionamento da nossa identidade em Cristo com o fim de se autopromover, o que é tragicamente perigoso e decadente, e com o propósito de glorificar a Deus! Muitas pessoas tentam mascarar a arrogância com a falsa declaração de que são “filhos do Rei”, pensando justificar com isso o salto alto! Não! Definitivamente “não será assim entre nós!” Se é assim no ramo coorporativo empresarial, social, político, acadêmico, familiar, onde for... que seja, “mas, vocês não serão assim!” Eu não posso ser assim e nem permitir que seja assim entre nós, cristãos de verdade, que temos um exemplo de humildade real para seguir! Sim, real de realeza! Porque é possível um rei, como o nosso Rei, não perder a autoridade e o poder do seu trono por guardar-se humilde e modesto.


Este foi um dos muitos episódios que bem coube a lembrança desta exortação: “Mas, não será assim entre nós!” Entretanto, que pelo resto de nossas vidas possamos ter o discernimento e a sabedoria para, sempre que necessário, aplicar esta declaração: “não será assim entre nós!” Porque “os gentios é que correm atrás dessas coisas” e nós não somos mais como os gentios do reino desta terra, somos como cidadãos do Reino dos Céus, do Reino de Deus! Aqui os primeiros serão os últimos e os últimos, os primeiros! Aqui os importantes são os que servem, não os que são servidos! Aqui “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele.” (1 Coríntios 1:27-29) Aqui é assim!


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Marina M. Kumruian

sábado, 19 de agosto de 2023

33/2023 - O GRÃO DE TRIGO

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

33/2023 - O GRÃO DE TRIGO 


Aqui vai mais uma parabolazinha que não foi analisada na série das parábolas de 2019. Então vamos abrir em João 12:23-36 destacando a alegoria do verso 24: “Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto.”  


Agora a interpretação para a realidade no verso 25: “Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna.” 


E a aplicação pessoal no verso 26: “Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará.” 


Antes de prosseguir, sugiro um exercício: PARE (se não tiver tempo disponível para parar agora, retome em outro momento de qualidade); ORE (peça para o Espírito Santo abrir os olhos do seu coração e iluminar o seu entendimento espiritual para o que esta passagem realmente quer te dizer e te transformar); RESPIRE FUNDO E LEIA DE NOVO BEM PAUSADAMENTE (se não “acender” nenhuma luzinha nova, releia outras vezes... até...).


Até queimar o coração! Porque esta é uma das passagens mais “quentes” e mais “claras” do Evangelho! Dentro do contexto, entendemos que Jesus foi este “grão de trigo” que “caiu” do céu para a “terra” como aquele grão de feijão de uma estorinha de infância que cresceu tanto que ligou a terra com o céu! Mas para isso o grão de trigo teve que morrer, e esta morte, mesmo para Jesus, também foi um sacrifício doloroso como Ele mesmo demonstrou nos versos seguintes: “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!” Jesus foi tentado a “escapar” desta hora quando no deserto Satanás tentou despertar o amor de Jesus pela sua vida neste mundo oferecendo todos os reinos da terra... ou quando usou Pedro para fazê-lo mudar de ideia achando que Jesus estava odiando demais a sua vida... ou quando o próprio João tenta Jesus a fazer descer fogo do céu para consumir “aquela hora”... na verdade até o próprio Jesus tentou pedir a salvação “dessa hora” tanto aqui como lá orando “se possível, passa de mim este cálice”, de tão difícil que é esta hora da morte, esta renúncia, esta entrega sacrificial. Mas ainda bem que Ele não só sabia que veio “exatamente para esta hora”, como glorificou o Pai “nesta hora”! E foi aí que Ele foi glorificado também! Não ficou Ele só! Morrendo, Ele deu muitos frutos!


A colheita de filhos que Jesus produziu para o Pai está rendendo até hoje, mais de dois mil anos nos quais mais de milhões e de milhares de frutos estão sendo produzidos, colhidos e saboreados por todo o mundo como ninguém jamais produziu! No entanto, esta parábola fala de Jesus, sim, mas tem sua aplicação pessoal para cada um de nós que fomos atraídos à Ele (v: 32) e que sentimos o coração queimar enxergando a luz deste exemplo que veio para ser seguido.


Disse-lhes então Jesus: “Por mais um pouco de tempo a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo. Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz.” (v: 35-36) Como filhos da luz, nós temos que andar na luz, seguindo a luz de Jesus. Leia mais uma vez agora o verso 26: “Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará.” Se não seguirmos Jesus, não servimos para servir! E se quisermos segui-Lo, temos que morrer para viver, perder para achar, seguir a mesma instrução que Jesus repetiu em Mateus aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.” (Mateus 16:24,25)


O princípio da vida mediante a morte, tão claro no mundo vegetal, precisa ser também esclarecido, aprendido e vivido no mundo espiritual por tantos grãos de crentes que estão amando tanto esta vida e permanecendo sós, sem frutos para a eternidade, sem vida em abundância. Com o medo desta “morte” de grão, deixam de gozar da vida de árvore! Amando a vida de grão intacto, parecem odiar a vida eterna do fruto! Esperam ser exaltados e glorificados no céu sem passar pelo humilde caminho da cruz. Não basta só confessar a Jesus, é preciso negar-se a si mesmo, porque não se pode sentar dois reis no mesmo trono dos nossos corações!


Compare Jesus que deu (“perdeu”) a própria vida como pagamento em resgate de muitos, em contraste com Judas que “ganhou” o pagamento de 30 moedas de prata por amar a sua vida mais que a vida do seu Mestre. Ele não quis seguir Jesus, não serviu para servir, não aceitou negar-se a si mesmo o lucro terreno e temporário, não tomou a sua cruz para morrer e produzir vida, assim ele ficou ele só, não prosseguiu nos Atos dos Apóstolos e perdeu-se na vida, perdeu a vida!

  

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Marina M. Kumruian

sábado, 12 de agosto de 2023

32/2023 - A VIÚVA PERSISTENTE

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

32/2023 - A VIÚVA PERSISTENTE 


2019 foi o ano que compartilhei sobre todas as parábolas de Jesus, inclusive esta da Viúva Persistente de Lucas 18, no entanto ela entrou de carona na 29º semana, junto com a do Amigo Importuno de Lucas 11, porque ambas praticamente ensinam o mesmo princípio da persistência em oração, tanto em favor de causas próprias quanto na intercessão importunante entre amigos. Porém, como estou na proposta de cobrir cada porção dos Evangelhos separadamente, vou dedicar esta semana exclusivamente para esta ilustração. E olha como Deus faz as coisas! Já comentei que os temas faltantes estão todos listados aleatoriamente até a última semana do ano, e não são raras as vezes em que eles se harmonizam coincidentemente com as minhas experiências vividas na mesma semana! Esta foi mais uma delas!


Não que eu seja uma viúva, longe disso! Contudo, foi justamente para não perder meu maridinho que vivi na pele esta lição que “Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.”  (v:1) Pois, de fato, só Deus sabe como persisti incessantemente, por dias e noites a fio, a favor da sua saúde! Ele pegou uma infecção dolorosa que lhe custou a sarar. Então me pareceu muito oportuno testemunhar na prática esta prova. Inclusive, isto vem a corroborar com o ensino da semana passada também, afinal, o título “Divórcio” bem poderia ser trocado por “Os Casados Persistentes” para combinar melhor com o de hoje, sendo casais que perseveram tanto na alegria da saúde abundante, quanto na tristeza das pobres doenças! Deste modo vamos persistindo e quando fica assim difícil, importunamos o nosso gentil Amigo e Justo Juiz Celestial para vir em nosso socorro! Aliás, neste período também pude contar com as orações persistentes de muitos amigos que se mostraram solícitos em interceder por nós, aos quais agradeço mais uma vez! Observamos juntos as expressões “sempre” e “nunca”! Ou seja, sempre persistir em oração e nunca desanimar da fé até que o milagre aconteça, a justiça seja feita e a necessidade suprida!


Então Jesus começa contando: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’.”

E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa.” 


Verdade é que muitas vezes julgamos demorado este “depressa” do Senhor! Mas também, se fosse “fast pray” não poderíamos aplicar o princípio da persistência, da perseverança e da constância, não é mesmo? Tá explicada a razão da espera! Esta “demora” é providencial para dar tempo de desenvolvermos a nossa fé, aumentando nossas experiências e aprimorando nossa paciência na esperança de forjar um caráter mais resistente e resiliente nas provações. É o conhecido processo apresentado por Paulo (Romanos 5), por Pedro (2 Pedro 1) e por Tiago (Tiago 1). Confira estas referências. 


Percebe que esta parábola não está comparando aquele Juiz com Deus nas semelhanças, mas sim nas diferenças! Enquanto aquele é um iníquo, este é Justo! Enquanto aquele não teme a Deus, este é o Deus Temível, porém Amável! Enquanto aquele não se importa com os homens, este dá a devida importância ao clamor dos seus escolhidos! Enquanto aquele se recusa a atender prontamente, este depressa nos faz justiça! Enquanto aquele considera aborrecimento e importunação as súplicas que lhe são dirigidas, este se deleita com prazer em guardar em taças de ouro as orações dos santos que sobem à sua presença como incenso de aroma agradável. Enquanto aquele despacha a causa visando seu próprio conforto, este nos conforta satisfazendo os desejos do nosso coração com Seus planos de paz a nosso respeito. 


Este é o nosso Deus! Não um Juiz injusto, mas um Pai Bondoso de quem recebemos o Espírito que nos “adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai’.” (Romanos 8:15) “Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” (Hebreus 4:16) Jó já sabia disso e queria que soubéssemos também quando disse: “Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos céus; nas alturas está o meu advogado.” (Jó 16:19) Mais uma sincronicidade, ontem foi o Dia do Advogado! Parabéns a Este que tão bem advoga as minhas causas! Afinal, meu maridinho está melhorando e pela fé declaro estar curado! Ajude-me mais um pouquinho persistindo nas orações junto comigo! Obrigada!


Mas Jesus termina questionando: “Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” Em mim sim! E em você? 


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Marina M. Kumruian

sábado, 5 de agosto de 2023

31/2023 - DIVÓRCIO

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1”

31/2023 - DIVÓRCIO


Reconheço a dificuldade que geralmente temos hoje para abordar o assunto em pauta desta semana dentro da perspectiva bíblica. Confesso até que este foi um dos temas que tentei evitar por estes 4 anos de estudos pelos 4 Evangelhos, porém, agora neste 5º ano, uma vez que a proposta é cobrir todas as passagens, não houve escapatória. Então apertem os cintos que vamos decolar na Palavra de Deus, ainda que incompreensível e muitas vezes até inadmissível para muitos.


Mesclando os textos de Mateus 19:3-12, Marcos 10:2-12 e Lucas 16:18, teríamos algo assim para analisar:

Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?"

Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".

Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?"

Jesus respondeu: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio.

Quando estava em casa novamente, os discípulos interrogaram Jesus sobre o mesmo assunto.

Ele respondeu: "Todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela. E se ela se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério".

Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar".

Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado.

Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite".


Fiz questão de colocar na íntegra esta conversa de Jesus respondendo a questão porque mais vale (ou melhor, só vale) as Escrituras Sagradas do que as “opiniões humanas” por mais bem intencionadas, elaboradas e atualizadas que sejam. Aliás, também devo esclarecer que por muitos anos, meu marido e eu, ministramos cursos, palestras e aconselhamentos para casais, e “divórcio e 2º casamento” sempre foram temas recorrentes. Para tanto, eu orava muito e pesquisava bastante para chegar a convicção do que passarei a compartilhar e, por mais que tentasse acreditar nas concessões mais aceitáveis e favoráveis que não trouxessem confrontos com a maioria, eu não consigo abrir mão do sim, sim e do não, não para mim perfeitamente evidentes e claros nas declarações de Jesus, ciente de que realmente “Nem todos têm condições de aceitar esta palavra”. Por favor então, vamos respeitar nossas diferenças de opiniões sem ressentimentos!


Portanto, se você tem mesmo a curiosidade de saber se divórcio e 2º casamento são permitidos, sem a intenção de provocar como estavam os fariseus, aceite a instrução de Jesus de voltar ao princípio e se atentar ao que o Criador e Mantenedor do Casamento determinou em Gênesis 2:24 (Deus no Antigo Testamento), retificado por Jesus aqui no anno domini e reiterado pelos apóstolos no Novo Testamento (Efésios 5:31). Qualquer outra resposta que contraria esta regra está fora da Palavra de Deus! 


Ainda insatisfeitos, eles apelaram para Moisés perguntando porque então ele “mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora”. Sabiamente Jesus esclarece primeiramente que Moisés não “mandou”, ele só “permitiu” e por uma razão incontestavelmente injustificável: “por causa da dureza de coração de vocês.” E volta relembrar: “Mas não foi assim desde o princípio.” Mas se nem isto ainda convenceu os próprios discípulos muito menos os demais. 


Então, quando em casa, os seus discípulos voltam a tocar no assunto, Jesus aperta ainda mais a questão não só proibindo o divórcio, exceto por imoralidade sexual, mas categoricamente afirmando que as partes repudiadas estariam cometendo adultério caso se casassem novamente com outra pessoa. E Paulo explica o motivo em Romanos 7:2,3 e complementa vastamente em I Coríntios também no capítulo 7, além de termos inúmeros respaldos bíblicos para um perdão sincero e uma reconciliação verdadeira mesmo em caso de traição! Em resumo é isso: Está casado? Não separe! Está separado? Reconcilie ou não se case de novo!  Isso está na Bíblia, então... "Quem puder aceitar isso, aceite".


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Marina M. Kumruian

52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS

 Série: “OS 4 EVANGELHOS EM 1” 52/52 – O CAMINHO DE EMAÚS Chegamos à última semana do ano!  Graças a Deus por vivermos e vencermos cada uma ...